17/03/2021 - 11:34
Os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiram manter a prisão preventiva do sueco Bo Hans Vilhelm Ljungberg, investigado na Operação Lava Jato por intermediar pagamentos de propina a funcionários da Petrobras em contratos na área de compra e venda de petróleo da estatal. Por unanimidade, os magistrados entenderam que a manutenção da ordem de prisão é necessária para “garantir a aplicação da lei penal”. A decisão foi proferida na quarta-feira da semana passada, dia 10.
“Havendo fortes indícios da participação do paciente em crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro e estando o mesmo foragido das autoridades brasileiras, sem que se tenha notícia sobre a recuperação dos valores ilícitos em tese movimentados por ele, justifica-se a manutenção da prisão preventiva, para a garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal”, registrou o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF-4, ao negar o pedido de habeas corpus do sueco. As informações foram divulgadas pelo TRF-4.
Ljungberg foi denunciado pelo Ministério Público Federal em dezembro de 2018 na 57ª fase da Lava Jato, que investigou pagamentos de propina a executivos da Petrobras por empresas que atuam na área de trading. Ele é acusado de integrar o esquema de corrupção como operador financeiro, tendo supostamente intermediado pagamentos de vantagens indevidas e comissões ilícitas no valor de 2,8 milhões de dólares.
O sueco teve a prisão preventiva decretada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, mas a ordem nunca chegou a ser cumprida. Ljungberg deixou o País após a deflagração das investigações. Atualmente ele é considerado foragido pela Justiça brasileira.