13/01/2023 - 13:32
São Paulo, 13 – O leilão dos melhores cafés especiais do Brasil, colhidos na safra 2022, rendeu um total de R$ 1,218 milhão (ou US$ 238.746,43, pelo dólar de fechamento da quinta-feira, 12, a R$ 5,101) em pregão corrido na quinta, via internet. O remate ofertou os lotes campeões do Cup of Excellence, concurso de qualidade realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).
Dividido em dois lotes, o café produzido por Antonio Rigno de Oliveira Filho, na Fazenda Tijuco, em Piatã, na Chapada Diamantina, Bahia, teve os dois maiores lances do leilão. O primeiro recebeu valor equivalente a R$ 29.015 a saca de 60 kg (US$ 43 por libra-peso) e o segundo a R$ 28.947 (US$ 42,9 por libra-peso). Em conjunto, ambos renderam uma receita total de R$ 202.862 (US$ 39.769,12).
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A título de comparação, esses lances implicam substanciais altas de 2.778% e 2.771%, respectivamente, sobre o fechamento de R$ 1.008 por saca (US$ 1,4940 libra-peso), no mesmo dia, na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência de preço na comercialização mundial de café. Já o preço médio do leilão ficou em R$ 8.198 por saca (US$ 12,15 libra-peso), representando incremento de 713% em relação à cotação de Nova York.
Os cinco primeiros lotes, considerados presidenciais por terem obtido mais de 90 pontos no Cup of Excellence 2022, foram adquiridos por empresas de Itália, Grécia e Japão. “Ter italianos e gregos entre esses compradores pode sinalizar o retorno do consumo de cafés de alta qualidade pelos europeus, uma tendência que estávamos observando pré-pandemia, que ficou retraída nesses últimos quase três anos”, disse na nota Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.
Ele também destacou a grande disputa pelos melhores cafés produzidos no Brasil na safra 2022. “Tivemos 1.614 lances dados, por dezenas de empresas de todo o mundo, em um leilão que durou aproximadamente cinco horas e meia. Isso evidencia que nossos cafés se enquadram, cada vez mais, aos anseios dos maiores e mais exigentes consumidores globais, entregando diversidade, qualidade e, acima de tudo, sustentabilidade ambiental e social”, concluiu.