O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira, 2, durante a sessão solene que inaugura os trabalhos do Congresso em 2022, que a Casa foi “fiadora” da estabilidade no ano passado. Na presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fuz, o deputado também destacou a soberania do Parlamento.

“A Câmara dos Deputados, no ano que passou, apesar das turbulências, foi a grande fiadora da estabilidade. Segurou trancos e sobressaltos, arrefeceu crises e diminuiu a pressão”, disse Lira no plenário da Casa. Em 2021, houve um aumento da tensão entre Bolsonaro e o STF, o que culminou nas manifestações antidemocráticas do dia 7 de setembro, quando o presidente chegou a dizer que poderia não cumprir mais decisões da Corte. O atrito entre os poderes, contudo, foi amenizado por uma carta de Bolsonaro, escrita com auxílio do ex-presidente Michel Temer.

No plenário da Câmara hoje, Lira também afirmou que os membros dos três Poderes têm consciência do peso de suas atribuições e de suas responsabilidades. “Nunca é demais reiterar a soberania do Parlamento. Aqui, nos últimos anos, muitas conquistas foram construídas e alcançadas com discussão, debate e, principalmente, pelo voto de cada um de nós”, declarou o deputado.

‘Combate ao vírus’

Lira também afirmou que a Casa continuará empenhada em construir soluções para enfrentar a pandemia de covid-19.

“Devemos nos encorajar e persistir no combate ao vírus, no concerto de ações para garantir que não faltem recursos, leitos, equipamentos, medicamentos e tudo o mais que for necessário para a segurança da população brasileira”, disse Lira, ao citar a nova onda de infecções causada pela variante Ômicron.

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), crítico de medidas de combate à pandemia, Lira também pediu respeito às normas e recomendações das autoridades sanitárias e ressaltou que é preciso “redobrar os esforços” para impulsionar a campanha de vacinação.

Nas últimas semanas, Bolsonaro travou um embate com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por causa da vacinação infantil no País. O chefe do Executivo chegou a sugerir que o órgão teria “interesses” na imunização de crianças contra a covid-19 e foi rebatido pelo presidente da agência, Antonio Barra Torres.