O relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP – PB), afirmou nesta segunda-feira, 27, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devem definir qual parlamentar do Senado vai participar das discussões. Por enquanto, o grupo de trabalho (GT) anunciado é formado por 12 deputados de diferentes partidos.

Aguinaldo participou nesta segunda, juntamente com o coordenador do GT, Reginaldo Lopes (PT-MG) e o deputado e membro da equipe Mauro Benevides Filho (PDT-CE), de uma reunião com o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, no Ministério da Fazenda.

Appy é autor da Proposta de Emenda à Constituição 45, que tramita na Câmara, e propõe a substituição de cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um imposto sobre bens e serviços.

Mauro destacou que é importante “trazer para dentro o Senado Federal” nas discussões sobre a reforma para construção de um entendimento amplo entre as duas Casas legislativas. O parlamentar disse ainda que o envolvimento do governo não deve ser apenas técnico. “Vai ter que ter um envolvimento político, ou seja, um apoio definitivo, pois esse é um momento para o Brasil passar uma processo de reconstrução nacional”, afirmou aos jornalistas.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), apesar de a reforma tributária ser tratada como pauta prioritária do governo neste ano, lideranças e políticos veem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastado das discussões envolvendo o tema e querem engajamento do chefe do Executivo para que as mudanças avancem.