O coordenador de operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas, salientou nesta quarta-feira, 23, que o mercado externo se mostrou bem menos volátil em novembro na comparação com o mês anterior e que este quadro foi mais benigno para os países emergentes. O cenário apresentou a maior melhora, de acordo com ele, após a finalização da eleição presidencial nos Estados Unidos. Além disso, notícias favoráveis sobre as vacinas também influenciaram positivamente o ambiente.

“A preocupação com a área fiscal ficou bastante latente este mês, e a melhora externa não se refletiu em todos os indicadores do Brasil”, comparou o coordenador. Ele salientou que apenas a parte curta de juros cedeu em alguns pontos, apesar de alguns índices de inflação terem sido pressionados no mês. A continuidade ou não do auxilio emergencial foi a maior preocupação dos agentes, de acordo com Lobarinhas.

Vacinação

Lobarinhas afirmou que o otimismo continua a prevalecer no exterior em dezembro, em meio ao início da vacinação em outros países.

Internamente, ele citou como fator positivo a definição da não extensão do auxílio emergencial em 2021 – algo que preocupava os investidores que atuam no financiamento da dívida pública brasileira. “Mas a preocupação com o fiscal continua no radar dos investidores”, acrescentou Lobarinhas.

O coordenador de operações da Dívida Pública afirmou ainda que houve uma melhora no perfil das emissões de títulos por parte do Brasil, o que vem surtindo efeito no porcentual a vender em 12 meses. “Em nossas projeções, já vemos uma diminuição destes vencimentos”, afirmou.

Lobarinhas participa hoje de coletiva de imprensa sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública, publicado nesta tarde pelo Ministério da Economia.