14/09/2020 - 12:15
À frente das negociações com governos estaduais e parlamentares para tratar da venda de ativos da Petrobras, o diretor de Relações Institucionais da estatal, Roberto Ardenghy, disse ao Estadão/Broadcast que, ao decidir se desfazer de unidades nas regiões Norte, Nordeste e Sul do País, a empresa está seguindo a lógica econômica dos concorrentes. Em resposta, governadores das três regiões se reuniram na campanha ‘Petrobras, fica!’, liderada pelo Senado.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
A Petrobras está conversando com os senadores envolvidos na campanha “Petrobras, fica!”?
A gente mantém diálogo constante com deputados e senadores. A covid-19 atrapalhou um pouco a agenda das comissões. Mas já indicamos nossa vontade de, a qualquer momento, sentar para conversar.
O movimento parlamentar e de governos estaduais pode alterar a agenda de desinvestimentos?
Achamos que não. A lógica econômica se impõe e mostra que esse movimento da Petrobras é positivo para nós e para as economias regionais.
Como está a discussão com os Estados sobre as dívidas de ativos postos à venda?
Estamos em diálogo com os governos estaduais. Quando for o momento certo, vamos apresentar o comprador do ativo aos governos. No Rio Grande do Norte, por exemplo, temos um grupo de trabalho. E estamos vendo como vai ser feita essa transferência para que aconteça com o menor impacto possível.
É possível que, em algum momento, a Petrobras volte a ter posição de destaque no Nordeste?
Se a gente conseguir confirmar as expectativas nas bacias do Potiguar, Ceará-Maranhão, na margem equatorial, onde a Petrobras faz trabalhos geológicos, a gente vai voltar. Não temos nenhum problema. No Brasil, 94% das bacias ainda têm que ser avaliadas para a ocorrência de petróleo. Então, há uma grande oportunidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.