15/06/2015 - 12:22
Acontece de 15 a 19 de junho, em Londrina (PR), o 32º Congresso Brasileiro de Nematologia, que conta com patrocínio da Adama (leia-se Adamá), empresa global do setor de agroquímicos. O tema deste ano traz à tona problemas atuais e emergentes da nematologia, além de perspectivas para a agricultura, com o objetivo de buscar novas abordagens metodológicas e estatísticas para os prejuízos causados por estas pragas nas lavouras.
Durante o evento, a Adama apresentará aos participantes – autoridades políticas, pesquisadores, professores, consultores, representantes de empresas do agronegócio e estudantes – resultados de anos de estudos dedicados a auxiliar os agricultores no controle dos nematoides. Após seu desenvolvimento, a nova molécula exclusiva da Adama está em fase de registro. Gerson Dalla Corte, engenheiro agrônomo de Desenvolvimento de Produtos da companhia, será o palestrante a explicar as características do ativo, modo de ação, grupo químico e suas características ambientais e toxicológicas, demonstrando que esta nova molécula será muito eficiente.
“A incidência de nematoides tem aumentado cada vez mais ano a ano e os agricultores continuam com poucas opções de manejo para controlar esses ataques. As variedades disponíveis não oferecem resistência completa e os nematicidas existentes hoje só protegem a raiz da planta em sua fase inicial, não bloqueando a multiplicação dos nematoides que sobreviveram no solo”, esclarece Andressa Machado, pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). Segundo Andressa, a aprovação do princípio ativo viria em um momento importante para a agricultura. “A liberação do ativo é imprescindível para o cenário atual, pois ele age na forma de pulverização no solo e permite pleno controle de nematoides em áreas de maior abrangência”.
Para a professora e responsável pela área de Nematologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Débora Santiago, a chegada de novas moléculas possuem outro objetivo de suma relevância: diminuir a toxicidade de produtos dessa natureza. “Os agricultores permaneceram por muito tempo trabalhando com moléculas extremamente tóxicas que significavam alto risco de contaminação para o meio ambiente. Hoje as empresas estão mais rigorosas a isso e buscam desenvolver soluções mais sustentáveis do ponto de vista ecológico e qualitativo para a vida de quem tem contato direto com esses materiais”.
Também será apresentada por Romeu Stanguerlin, Diretor de Marketing, a trajetória da Adama e sua atuação no Brasil e no exterior. Além disso, a empresa terá um estande dentro do congresso onde os visitantes poderão observar plantas com raízes infestadas por nematoides, conhecer as soluções agrodigitais “Adama Wings”, “Adama Alvo” e “Adama Clima” e tirar dúvidas gerais sobre nematologia agrícola.
O evento também conta com mesas-redondas, grupos de discussão, estudos de caso e palestras de especialistas no assunto. Os participantes poderão acompanhar debates sobre nematoides na agricultura brasileira, legislação e ferramentas biológicas, culturais e químicas aplicadas à Nematologia, manejo de nematoides no sistema produtivo, assim como outras discussões.
Nematoides – O que são?
Nematoides são patógenos, em sua grande maioria, não visíveis a olho nu que vivem no solo e se alimentam dos nutrientes nas raízes das plantas. Tornaram-se motivo de grande preocupação para os produtores rurais brasileiros nas últimas décadas, devido à sua extensa distribuição geográfica e por atacarem as principais culturas cultivadas em território nacional. Mundialmente são identificadas mais de 15 mil espécies, sendo que destas no Brasil, as que causam mais problemas para o agronegócio são as dos gênerosMeloidogyne, Pratylenchus e Heterodera.
Em termos de impactos econômicos gerados por nematoides na agricultura mundial, considerando apenas hortaliças, as perdas de produção giram em torno de 12% a 15% ou US$ 100 bilhões em valores monetários. No Brasil, ao levar em conta diversas culturas, o prejuízo estimado é de 10% a 30%, correspondendo a aproximadamente R$ 16,5 bilhões.
Recentes análises da Embrapa e da Aprosoja mostram que a presença de nematoides nas lavouras de soja soma danos anuais de mais de R$ 35 milhões, enquanto que algumas das principais pragas e doenças das culturas brasileiras, como a Helicoverpa armigera e a ferrugem asiática da soja, representam R$ 8 milhões e R$ 4,7 milhões, respectivamente. Fonte: Ascom.