06/02/2024 - 10:27
São Paulo, 6 – A empresa norte-americana de agroquímicos FMC obteve lucro líquido de US$ 1,1 bilhão, ou US$ 8,77 por ação, no quarto trimestre de 2023, informou a companhia, na segunda-feira, 5, depois do fechamento do mercado. O resultado representa aumento de 301% ante os US$ 273,9 milhões, ou US$ 2,17 por ação, registrados em igual período do ano anterior. Segundo a companhia, o forte aumento do lucro foi motivado por significativos benefícios fiscais não recorrentes.
Em termos ajustados, o lucro caiu 55%, para US$ 1,07 por ação. A receita diminuiu 29% na mesma comparação, para US$ 1,15 bilhão, refletindo a contínua redução dos estoques em todas as regiões e adversidades climáticas no Brasil, disse a FMC.
A receita orgânica, que exclui o impacto do câmbio, caiu 30% na comparação anual. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 1,08 por ação e receita de US$ 1,24 bilhão.
Da queda de 29% da receita, volume e preços contribuíram com 25 pontos e 5 pontos porcentuais, respectivamente. Isso foi parcialmente compensado por um aumento de 1 ponto porcentual causado pelo câmbio favorável.
As vendas na América do Norte caíram 37% na comparação com o quarto trimestre de 2022, pressionadas por volumes menores. Na América Latina, as vendas diminuíram 38%, refletindo volumes e preços mais baixos e o clima desfavorável no Brasil, disse a FMC. Na Ásia, a receita ficou estável. Na região Europa, Oriente Médio e África, houve queda de 24%, devido à redução dos estoques, principalmente de herbicidas.
Para todo o ano de 2024, a FMC espera que o lucro ajustado fique entre US$ 3,23 e US$ 4,41 por ação. Já a receita deve ficar entre US$ 4,50 bilhões e US$ 4,70 bilhões.
Em dezembro, a FMC anunciou que estava iniciando um plano de reestruturação global em resposta a uma desaceleração no mercado de proteção de lavouras. Essa desaceleração resultou em forte redução dos estoques por parceiros, pelo canal de distribuição e por produtores. Como parte do plano, a FMC disse que lançou um programa de demissão voluntária em certas jurisdições e que vai reduzir o número de funcionários no Brasil.
Segundo a empresa, o plano deve adicionar entre US$ 50 milhões e US$ 75 milhões ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado em 2024. A FMC também espera que o programa gere economia anual de US$ 150 milhões ou mais até o fim de 2025, uma vez que esteja totalmente implementado.
*Com informações da Dow Jones Newswires