29/12/2022 - 13:30
O presidente diplomado da República, 29, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira, 29, que o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) comandará o Ministério da Agricultura e Pecuária. Fávaro coordenou o grupo técnico da Agricultura da equipe de transição e também foi coordenador de assuntos relacionados ao agro da campanha petista.
Conforme mostrou o Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em 5 de novembro, Fávaro era o favorito para o comando da Pasta e contou com a articulação de entidades do agro favoráveis ao seu nome.
O senador, com mandato vigente até 2027, tem forte ligação com o agronegócio porque, além de ser produtor rural, foi presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). No Congresso, é atuante em pautas ligadas ao setor, apesar de não compor a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
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Atualmente, é relator do projeto de lei do novo marco da regularização fundiária – defendido pelo setor produtivo. Possui também experiência no Executivo, já que foi vice-governador de Mato Grosso, de 2015 a 2018.
Seu nome demorou a emplacar porque a disputa para a Pasta foi uma das mais acirradas. O ex-ministro Neri Geller (PP-MT), um dos que mais circularam pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, também era apontado como forte concorrente.
Além disso, corria por fora na banca de apostas o deputado federal reeleito Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). Secretário do setor entre 2015 e 2018 no governo de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e ligado ao segmento sucroenergético, Jardim contaria com o apoio do ex-ministro Roberto Rodrigues e de parte expressiva da FPA no Congresso, da qual é integrante. Foi a bancada ruralista que indicou a ex-deputada federal e senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) para a Pasta no governo de Jair Bolsonaro.
O último movimento para chancelar o nome de Fávaro ocorreu na última sexta-feira (23), quando a sua primeira suplente no Senado, a empresária Margareth Buzetti, se filiou ao PSD em articulação costurada pelo presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, na tentativa de não enfraquecer a bancada aliada ao governo.