O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu nesta quarta-feira, 16, que trabalhará para que o Brasil seja sede da 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Úmidas, em 2025. A intenção para que o País seja sede do evento foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Lula participou nesta quarta de evento realizado no estande do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, no qual governadores da região entregaram a ele o documento “Carta da Amazônia: uma agenda comum para a transição climática.

“Pode estar certo que vou falar com o secretariado da COP pra fazer a COP no Brasil, na Amazônia”, afirmou Lula, em resposta ao pedido feito minutos antes pelo governador do Pará, Helder Barbalho, para que o País seja a sede da COP-30, em 2025.

O presidente eleito voltou a agradecer a Barbalho pelo convite para a COP, lembrando que posteriormente foi convidado também pelo presidente do Egito.

Sobre a COP no Brasil, Lula disse que, considerando a estrutura necessária para receber um evento do porte da conferência, os Estados mais prováveis são Pará ou Amazonas. “É importante que as pessoas conheçam a Amazônia e sua realidade concreta”, afirmou, considerando a relevância dada pela comunidade internacional à região. Disse também que o governo pretende dialogar com prefeitos, para acompanhar quando não houver recursos e apoiá-los se necessário.

No discurso feito para um uma grande público que se abarrotava do lado de fora do estande, incluindo muitos estrangeiros, Lula ressaltou a necessidade de recuperar a aliança entre entes federativos e o governo federal. “Não é possível haver distanciamento de presidente, governadores e prefeitos”, afirmou.

Ele ressaltou uma ideia que vem sendo repetida na COP-27 por lideranças brasileiras, a necessidade de o Brasil retomar seu protagonismo no cenário global. “O Brasil não nasceu pra ser pais isolado, é muito grande. O Brasil não pode ficar isolado como nos últimos quatro anos. Era como se o País estivesse bloqueado, mas era um bloqueio contra a antidemocracia”, disse.

“A democracia vai voltar a reinar no Brasil de forma permanente. Presidente da República tem obrigação de conversar com todos, independentemente de partido, religião etc”.

Ao fim de sua fala, Lula reforçou que quer criar o Ministério dos Povos Originários e que precisará da atuação dos Estados para a recuperação da floresta amazônica. “Para acabar com a fome, com o processo de degradação que as florestas estão passando, teremos que trabalhar muito.”