12/01/2021 - 19:30
Após reunião da Mesa Diretora da Câmara para decidir sobre formato de eleição e destino do PSL, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que as decisões foram adiadas para o dia 18.
Ele disse, no entanto, que a eleição deverá ocorrer de forma presencial, com urnas espalhadas pelo Congresso, mas que ainda haverá análise sobre voto virtual para deputados do grupo de risco em relação à covid-19.
Após pressão de aliados de Arthur Lira (PP-AL), quatro membros da Mesa Diretora da Câmara convocaram a reunião para esta terça-feira, 12.
Os três primeiros assuntos diziam respeito à situação do PSL. O partido faz parte do bloco de Baleia Rossi (MDB-RJ), mas 32 deputados assinaram um documento de apoio a Lira. Entre os dissidentes, no entanto, há 17 parlamentares suspensos e há uma discussão se as assinaturas deles são válidas ou não. A bancada tem 53 parlamentares no total.
O procurador da Câmara, deputado Luis Tibé (Avante-MG), aliado de Lira, apresentou um parecer atestando legitimidade à assinatura dos suspensos. Esse parecer foi rejeitado na reunião da Mesa de hoje.
“Ele foi considerado inadmitido pela presidência, não cabe ao procurador isso. Em relação aos outros temas demos encaminhamento. Designei o deputado Mário Heringer (PDT-MG) sobre os temas”, disse Maia. “Marcamos reunião para o dia 18 às 10h para avançarmos nesses assuntos.”
Apesar do parecer ter sido rejeitado, a situação do PSL ainda não foi definida e deve ser decidida na próxima reunião.
O encontro era também para debater o formato e a data da eleição para a presidência da Câmara em resposta a documento enviado a Maia no dia 22 de dezembro, pelo senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas.
“Não tem dúvida que muitas polêmicas colocadas não existem, ninguém é contra votação presencial”, disse. Ele, no entanto, afirmou que o relator deverá consultar médicos para avaliar a situação dos deputados que fazem parte do grupo de risco.
“Os cientistas possam ser ouvidos para saber se pode haver ou não uma excepcionalidade para aqueles que estão no grupo de risco”, disse.
Outra polêmica é sobre a data da eleição. Maia seguiu defendendo que seja realizada no dia 2 de fevereiro, mas aliados de Lira querem no dia 1º, junto com a do Senado. Essa questão ainda será definida na próxima reunião. “Minha posição sempre foi de total transparência, quem sabe voto aberto não pode ser um debate para que não paire dúvida sobre a minha transparência”, disse.