AQUISIÇÃO
JBS vai às compras

A JBS, controlada pela holding J&F, concluiu em setembro a aquisição da Moy Park Holdings Europe. Na operação, a JBS pagou US$ 1,2 bilhão à vista ao Marfrig e assumiu a dívida líquida de US$ 293 milhões. Com receita de R$ 5,5 bilhões em 2014, sendo 51% advindos de produtos processados, a Moy Park atende as principais redes varejistas e de food service no Reino Unido e na Europa Continental.

EMPRÉSTIMO
Aurora em expansão

A Cooperativa Central Aurora Alimentos, de Chapecó, no oeste catarinense, contratou um empréstimo de R$ 150 milhões para quitar a compra do frigorífico da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Mandaguari (PR). A unidade, com capacidade de abater 180 mil aves por dia, foi adquirida em setembro. O recurso foi liberado no mês passado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e será quitado em até 12 anos. Com 13 cooperativas filiadas e 70 mil famílias associadas, a Aurora faturou   R$ 6,7 bilhões no ano passado.

CUSTEIO
Dinheiro para o café

No mês passado, o ministério da Agricultura liberou R$ 201,5 milhões para o custeio da cafeicultura. A linha destinada à safra 2015/2016 está à disposição dos produtores até o dia 28 de fevereiro através das instituições financeiras (leia tabela acima) que operam com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

BIOENERGIA
Mais recursos para a cana

Para a safra 2015/2016, o grupo Odebrecht pretende realizar mais um aumento de capital na Odebrecht Agroindustrial, seu braço sucroenergético. De acordo com Luíz de Mendonça, presidente da empresa, o montante será superior à última capitalização feita ano passado, de R$ 836 milhões. Quase metade desse recurso, cerca de R$ 400 milhões, serão utilizados para renovar os canaviais e aumentar a produção. Nesta safra, a empresa espera moer até 29 milhões de toneladas de cana, mas a capacidade instalada é de 36 milhões.


“AS LINHAS DE FINANCIAMENTOS CONTRATADAS NA SAFRA 2015/2016 COMPROVAM QUE O CRÉDITO ESTÁ FLUINDO, COM DESTAQUE PARA OS BANCOS PÚBLICOS, QUE LIBERARAM R$ 18 BILHÕES. ISTO SIGNIFICA UM INCREMENTO DE 35% EM RELAÇÃO AO CICLO ANTERIOR”
 ANDRÉ NASSAR, Secretário de Política Agrícola do Mapa


amplie a imagem aqui

INDÚSTRIA
Menos empregos

O excesso de rigor nas normas brasileiras para a indústria de processamento de carnes vem reduzindo o número de postos de trabalho. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), atualmente um frigorífico de aves e suínos emprega metade dos trabalhadores de uma unidade construída há dez anos e um terço da mão de obra em relação há duas décadas.

ÍNDIA
Produção acelerada

Na Índia, mesmo com o clima mais seco nas principais regiões canavieiras do país, além do endividamento das usinas, a expectativa é de que a área cultivada com cana-de-açúcar alcance 5,1 milhões de hectares na safra 2015/16, contra 5,03 milhões em 2014/2015.

Análise do Mês


Mais performance operacional nas usinas Luiz Francisco L. Ferreira da Silva, diretor técnico da Benri Ratings

A eficiência agrícola na atual safra de cana-de-açúcar está melhor do que na safra passada. Em termos de produtividade medida em toneladas de cana por hectare, o aumento foi de 6,7%. Esta melhoria está relacionada não só a fatores climáticos, mas também a ajustes da operação agrícola. Na indústria, a eficiência RTC (Recuperado Total Corrigido) vinha maior nesta safra, em relação à passada, até o final de agosto (0,38%). Porém, com as condições climáticas adversas, esta tendência se inverteu no mês de setembro (-0,10%). Dentro dos parâmetros industriais que levaram a tal inversão, a fermentação foi o fator principal. Todavia, as demais etapas do processo estão melhores, como a extração, as perdas na torta e nas águas, além de perdas indeterminadas menores.