John Deere

1100 Potência 95 cv Aplicação grãos Diferencial controle de umidade dos grãos

Uma nova safra de máquinas agrícolas está pronta para acelerar nos campos brasileiros. E o principal combustível desses lançamentos são as boas perspectivas para o setor em 2010. A previsão, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), é de que cerca de 54,5 mil unidades sejam comercializadas em 2010, um acréscimo de 1% sobre 2009. Pode parecer pouco, mas é o suficiente para animar as empresas.

“Esperamos um ano bastante positivo”, revela o diretor de marketing da Massey Ferguson, Fábio Piltcher. De olho na ampliação do programa “Mais Alimento” e na ampliação do Finame com juros reduzidos de 4,5%, a tendência são máquinas voltadas para pequenos e médios produtores.

“Queremos que esse perfil de produtor tenha acesso a tecnologia de ponta, por isso são máquinas muito modernas”, garante o executivo. Até o fechamento desta reportagem, os fabricantes não sabiam informar quando esses equipamentos estariam disponíveis para os produtores, nem seus preços, embora a tendência seja de que eles fiquem dentro da média da categoria.

Entre as novidades da empresa estão os tratores com potência que varia de 150 a 215 cavalos e com a chamada “transmissão inteligente” e câmbio automático. “Isso influencia no rendimento da máquina, que se torna muito mais eficiente”, explica Piltcher.

O sistema possibilita que o trator altere automaticamente as marchas e, consequentemente, a potência do motor, dependendo do tipo de situação que encontre. Outra que está apostando nos pequenos é a Case, famosa por construir máquinas gigantescas. A empresa lançou no final do ano passado sua primeira linha de tratores de baixa potência.

A partir deste ano essas máquinas, que eram importadas da Europa, passam a ser produzidas no País. A linha é composta por tratores de 80 cv e 95 cv e entre os diferenciais está o sistema hidráulico de centro aberto, que proporciona uma vazão de 51,7 litros/minuto, fluxo suficiente para operações com grandes implementos.

“São máquinas robustas e muito funcionais”, ressalta o gerente de marketing da Case, Alexandre Martins. Para ele, o fato de os tratores serem produzidos no Brasil será um grande atrativo. “O produto ficará disponível por meio dos programas sociais de crédito”, avalia

A New Holland também segue a linha de apostas na agricultura familiar, mas demonstra cautela com as previsões de mercado. “A expectativa é positiva, mas não sabemos quanto é positiva”, ressalta o vice-presidente comercial para a América Latina da New Holland, Francesco Pallaro.

A empresa traz um novo modelo de trator de 75 cavalos de potência, com o sistema Lift-O-Matic. “Isso permite o ajuste de posição do implemento com apenas um toque no painel.” Trabalhando para ganhar mercado, as fabricantes Valtra e John Deere também apostam suas fichas em novas máquinas menores. Só que, em vez de tratores, as empresas mostram colheitadeiras de menor porte.

“Estamos lançando a única colheitadeira classe 6, com sistema axial, do mercado”, afirma o diretor de marketing da Valtra, Jak Torretta. Com o sistema, os grãos são menos danificados no momento da colheita. “É uma máquina que permite todo o monitoramento da colheita”. Já os destaques da John Deere são as colheitadeiras com novo sistema mecânico.

Elas contam com maior área de alimentador, maior diâmetro de cilindro de trilha, entre outros. “São ajustes no rendimento da máquina”, pondera o diretor de vendas para o Brasil da John Deere, Werner Santos, que acredita em um ano positivo. “Principalmente pela importância da cana-de-açúcar e pelas oportunidades que o setor de de carnes oferece, em termos de mecanização”, finaliza.