08/10/2018 - 11:00
A Marfrig Global Foods vendeu por US$ 2,4 bilhões a Keystone Foods, sua subsidiária americana de alimentos processados à base de frango, para a também americana Tyson Foods. A estratégia da empresa controlada pelo brasileiro Marcos Molina é tornar-se exclusivamente uma companhia dedicada ao processamento de carne bovina, onde está sua origem. A venda aplaca parte de sua dívida, depois da compra do também frigorífico americano National Beef, em abril, por US$ 969 milhões. Atualmente, a Marfrig abate 37 mil bovinos por dia, em 47 unidades industriais no Brasil, Uruguai e Estados Unidos. Com o acerto de rota, o faturamento esperado para este ano é de R$ 40 bilhões, o que colocaria a empresa no segundo posto entre as maiores empresas do setor de proteína animal no Brasil, abaixo apenas da JBS.
Açúcar
Sobra produção na gôndola
A Organização Internacional do Açúcar (OIA), com sede em Londres, prevê um ciclo de superávit na produção de açúcar para a safra global 2018/2019, que começa no próximo mês e termina em setembro do próximo ano. O volume pode chegar a 6,7 milhões de toneladas, para uma produção total de 185,2 milhões de toneladas. Na safra encerrada, a 2017/2018, a produção 184,2 milhões de toneladas, com um excedente acima do consumo foi de 8, 6 milhões de toneladas. A boa notícia para o setor no Brasil, que está entre os maiores exportadores globais, é que as vendas ao exterior tendem a aumentar. A OIA aponta exportações da ordem de 62,6 milhões de toneladas na safra que se inicia. O volume é de 6,1% acima da safra encerrada.
Trading
ADM vai às compras
A trading americana Archer Daniels Midland (ADM), com fatura global da ordem de US$ 40 bilhões, comprou a Algar Agro. Ela era o braço agrícola da Algar, empresa brasileira com sede em Uberlândia (MG), que atua nos setores de telecomunicações, tecnologia, turismo e energias renováveis. Até o fechamento desta edição, o valor não tinha sido anunciado, porque ainda dependia da análise de ativos. Mas a ADM está assumindo uma processadora de soja em Minas Gerais e outra em Porto Franco (MA), mais 17 armazéns nas regiões Sudeste e Nordeste. A Algar Agro, que faturou R$ 1,5 bilhão no ano passado, com um prejuízo da ordem de R$ 196,5 milhões, passa a se chamar Algar Farming. O novo braço da Algar deve se concentrar apenas no plantio de grãos e na criação de gado.
Safra 2018/2019
Menos grãos no mundo
O mundo vai produzir menos grãos na safra 2018/2019, que começa no próximo mês. O volume pode chegar a 2,063 bilhões de toneladas, de acordo com o Conselho Internacional de Grãos (IGC), volume 29 milhões de toneladas abaixo da safra 2017/2018, encerrada neste mês de setembro. A maior queda esperada é na produção de trigo. No entanto, o comércio global tende a aumentar. A previsão do IGC é de exportações da ordem de 370 milhões de toneladas, dois milhões acima da safra encerrada. Confira as previsões para as principais commodities:
Mercado de feijão
Bunge
Wilmar Sugar entra no jogo
A asiática Wilmar Sugar, com sede em Cingapura, comprou toda a operação internacional de comércio de açúcar da americana Bunge. O valor não foi revelado, mas a empresa já vinha sinalizando há algum tempo que desejava sair desse setor de vendas. No ano passado, o prejuízo foi de US$ 14 milhões. Para os seus ativos brasileiros, a Bunge Açúcar & Bionergia, chegou a anunciar a abertura de capital em bolsa no primeiro semestre do ano, mas o plano não foi em frente. São oito usinas para moer 22 milhões toneladas de cana-de-açúcar por ano. A Bunge no Brasil quer concentrar suas operações em alimentos e de ingredientes para a indústria.
Colheita
Cafezinho bom
O tempo ajudou, chovendo na hora certa, e a safra de café 2018/2019 que está praticamente encerrada deve registrar o recorde de 58 milhões de sacas na temporada. E o mais importante ainda, de grãos de melhor qualidade. Isso significa um mercado de cafés especiais mais robustos. No ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), foram exportadas 7,7 milhões de sacas. De acordo com a entidade, o crescimento esperado é de cerca de 8%.
Soja
Mais dinheiro no bolso
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que para a safra 2018/2019, o preço médio da saca de 60 quilos de soja, pagos ao produtor, deverá ser de R$ 72. O valor é 9% superior à safra passada. A estimativa leva em conta um dólar entre R$ 3,40 e R$ 3,80, sustentado pelas desavenças entre os americanos e os chineses em questões de comércio internacional. Vale lembrar que a China taxou a soja americana em 25%, o que tem favorecido as vendas do grão brasileiro para o país asiático.
Calendário do mês
Mercoagro
De 11 a 14 de setembro, em Chapecó (SC) – Tel. (49) 3321-2900
mercoagro.com.br
Fenasan
De 18 a 20 de setembro, em São Paulo (SP) – Tel. (11) 3056-6000
fenasan.com.br
Porkexpo
De 26 a 27 de setembro, em Foz do Iguaçu (PR) – Tel. (19) 3305-2295
porkexpo.com.br
Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão
De 2 a 4 de outubro, em Curitiba (PR)
Tel. (43) 3025-5223
conbap2018.asbraap.org
International Meeting on Plant Breeding
De 3 a 5 de outubro, em Piracicaba (SP)
Tel. (34) 99150-1002
esalq.usp.br/eventos
Esalq Show
De 9 a 11 de outubro, em Piracicaba (SP)
Tel. (16) 99783-4588
fealq.org.br/esalqshow
Superminas
De 16 a 18 de outubro, em Belo Horizonte (MG) – Tel. (31) 2122-0500
superminas.org.br
Winter Show
De 16 a 18 de outubro, em Guarapuava (PR) – Tel. (42) 3625-5099
wintershow.com.br
Conferência Serviços Ecossistêmicos na América Latina e Caribe
De 22 a 26 de outubro, em Campinas (SP) – Tel. (21) 2179-4507
embrapa.br
Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio
De 23 a 24 de outubro, em São Paulo (SP) – Tel. (11) 5643-3056
mulheresdoagro.com.br