24/06/2022 - 10:18
O Panteão dos Andradas, monumento que homenageia o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, e seus irmãos, começará a ser restaurado até o fim deste mês em Santos, no litoral de São Paulo. Inaugurado em 7 de setembro de 1923, um ano após o centenário da Independência, a revitalização deve ficar pronta até setembro, quando serão comemorados os 200 anos da Independência.
Nascido em Santos, em 13 de junho de 1763, Bonifácio teve papel decisivo no rompimento dos laços entre o Brasil Colônia e o reino de Portugal. O projeto de restauro do panteão, elaborado pelo arquiteto Ney Caldatto, da Secretaria de Infraestrutura e Edificações da Prefeitura de Santos, prevê a integração do monumento à Praça Barão do Rio Branco, no centro da cidade. O local vai ganhar uma estátua de Bonifácio, com conceito “instagramável”, permitindo fotos e selfies ao lado da escultura.
O restauro inclui a reconstituição de partes de alto-relevo de gesso e placas de mármore, limpeza e polimento das paredes e do piso de mármore, bem como a recuperação do telhado. Sob as telhas originais, de barro, será colocada uma subcobertura com telha metálica, para proteção contra infiltrações. O serviço envolve ainda a criação de iluminação cênica para valorizar os ambientes internos e externos.
Orçada em R$ 1,5 milhão, a obra será custeada pela empresa Santos Brasil, que se responsabilizará também pela aquisição da escultura de bronze do Patriarca, em tamanho real, e pela instalação na Praça Barão do Rio Branco. O custeio corresponde a medidas compensatórias pelo funcionamento de um Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia) da empresa, no bairro Alemoa, na região conhecida como Marginal Sul da Anchieta.
O Panteão dos Andradas tem uma arquitetura eclética, com inspiração neocolonial de caráter nacionalista, motivado pelas comemorações do centenário da Independência. O prédio ocupa o espaço da antiga portaria do Convento do Carmo e conta com monumento projetado pelo escultor Rodolfo Bernardelli, um dos maiores nomes da escultura brasileira entre o fim do Império e o início da República. No local estão os restos mortais de Bonifácio e de seus irmãos Antônio Carlos, Martim Francisco e padre Patrício Manuel, o primogênito dos Andradas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.