12/01/2021 - 18:28
O MDB decidiu lançar a senadora Simone Tebet (MS) na disputa pela presidência do Senado. Ela terá como principal adversário o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
A decisão foi tomada em uma reunião da bancada, nesta terça-feira, 12. Além de Simone Tebet, outros três nomes disputavam a indicação do MDB: Eduardo Braga (AM), Eduardo Gomes (TO) e Fernando Bezerra Coelho (PE), que recuaram da candidatura.
Tebet foi aclamada como candidata na reunião
O partido também filiou dois novos senadores, aumentando de 13 para 15 integrantes. A legenda oficializou a filiação de Veneziano Vital do Rêgo (PB), que deixou o PSB, e Rose de Freitas (ES), que saiu do Podemos.
O MDB tem a maior bancada do Senado e tenta voltar ao comando do Legislativo após ser derrotado por Alcolumbre em 2019.
O MDB decidiu lançar a candidata após ver Rodrigo Pacheco largar na frente. O candidato do DEM fechou apoio com PSD, PT, PROS, Republicanos, PL, PSC e deve receber o apoio do Progressistas até esta quarta-feira, somando 38 senadores na data da eleição.
O MDB, por sua vez, tentará atrair Podemos, PSDB, Cidadania, PSL e PSB, o que formaria um bloco de 37 senadores. Esses partidos, porém, ainda não se decidiram.
O aceno do presidente Jair Bolsonaro à candidatura de Pacheco pavimentou a escolha por Simone Tebet, de acordo com emedebistas. Ela tentará atrair votos da bancada lavajatista e de ex-aliados de Davi Alcolumbre. Além disso, terá o discurso de independência em relação ao Palácio do Planalto para contrapor o candidato de Alcolumbre.
A disputa pelo Senado está marcada para o 1º de fevereiro. A escolha definirá quem comandará a Casa, e consequentemente o Congresso Nacional, pelos próximos dois anos.
O chefe do Legislativo tem o poder de pautar projetos de lei e vetos do presidente Jair Bolsonaro.
O ocupante do cargo também terá um papel chave na eleição presidencial, em 2022, pois comandará as pautas do Legislativo no período.
Além disso, a presidência da Câmara e do Senado aumentam o cacife eleitoral do partido que comanda as casas legislativas.