18/09/2025 - 10:01
Era de se esperar. O Brasil encerrou 2024 com um número menor de gado no território nacional. Em contrapartida, nunca tivemos tantas galinhas espalhadas pelo país como no ano passado. E os dados são oficiais. Foram coletados e compilados pelo IBGE e divulgados hoje pela manhã.
A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) mostra que o rebanho bovino brasileiro perdeu mais de 400 mil cabeças em 2024. Foram contabilizados 238,2 milhões de animais (-0,2%). Ainda assim, foi o segundo melhor desempenho da história, perdendo apenas para 2023.
Um dos motivos que justifica a queda foi o que aconteceu nos frigoríficos. Para abastecer a demanda interna e, especialmente, a externa, as empresas abateram um recorde de 39,7 milhões de cabeças.
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Na tendência oposta, o número de galinhas existentes no Brasil atingiu um novo recorde. O efetivo nacional foi de 277,5 milhões de cabeças, um aumento de 6,8% em comparação a 2023. Vale lembrar que o IBGE chama de galinha as fêmeas da espécie Gallus gallus, cuja criação é destinada à produção de ovos.
2 mil ovos de galinha por segundo
O motivo para essa expansão se explica pela crescente demanda de ovos nos últimos anos. Ela avança continuamente desde 1999. Em 2024, foram produzidas 5,4 bilhões de dúzias (+8,6%), ou seja, pouco mais de 2 mil unidades por segundo. Só durante a leitura deste parágrafo, mais de 40 mil ovos foram produzidos no Brasil.
Já no caso dos galináceos, nomenclatura que contempla galinhas e outras categorias como frangos de corte destinados à produção de carne, o efetivo foi de 1,6 bilhão de cabeças no Brasil, um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior. Também um novo recorde.
Mais uma vez, a demanda explica a conjuntura. No ano passado, o abate de frango cresceu 2,7%, especialmente para atender a procura vinda do mercado externo. O país expandiu suas exportações em um cenário onde a gripe aviária atingiu importantes produtores.