São Paulo, 16 – As geadas neste ano no Rio Grande do Sul afetaram as lavouras de trigo do Rio Grande do Sul, mas o potencial produtivo ainda é bom e o volume total a ser colhido deve superar a safra de 2019, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS).

“No momento, o cereal está com em torno de 30% em estado vegetativo nas regiões plantadas mais tardiamente, que são as mais frias, como Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria, e outros 70% em florescimento e enchimento de grãos, especialmente nas partes mais quentes que foram plantadas em maio como São Borja, Santa Rosa e as Missões”, disse a entidade em nota. “Foram nestas regiões plantadas mais cedo que a geada ocorrida em agosto afetou a produção, com uma perda que pode chegar a 30% da produção”, informa.

O presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, avalia que no restante do território gaúcho a quebra deverá ser menor, pois o estágio de desenvolvimento da cultura não era tão suscetível. “Certeza de prejuízos saberemos apenas na colheita, que deve iniciar em outubro”, disse. “Vamos torcendo para que a normalidade do clima traga uma safra boa, pois prevíamos uma safra que ultrapasse as três milhões de toneladas e sofremos uma queda, porém colheremos uma safra acima de 2,2 milhões da temporada passada”, afirma no comunicado.

Segundo Pires, antes dos episódios das geadas quase um milhão de toneladas já tinham sido negociadas pelos produtores, seja para o mercado externo seja para o interno.