07/09/2021 - 12:21
As manifestações no Brasil são acompanhadas pela mídia no exterior, que já trazem em seus sites reportagens sobre os atos de protesto e apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que devem ocorrer hoje pelo país.
O britânico Financial Times destaca que milhares de pessoas nas maiores cidades do Brasil devem ir às ruas para demonstrar apoio ao presidente, num momento em que ele faz agressiva campanha contra o Supremo Tribunal Federal, que o acusa de abuso de autoridade.
No também britânico The Guardian, as manifestações no Brasil ocupam a manchete do site, que destaca que apoiadores de Bolsonaro enfrentam a polícia em Brasília antes da manifestação, na tentativa de forçar o avanço ao Congresso. O movimento, diz o Guardian, coloca a maior democracia da América Latina em risco.
O alemão Deutsche Welle, além de destacar as manifestações pró-Bolsonaro esperadas ao redor do país, ressalta que figuras proeminentes de esquerda têm afirmado que o presidente planeja um golpe antes das eleições do ano que vem.
A agência de notícias Reuters observa que os manifestantes devem expressar seu apoio a Bolsonaro no confronto com o Judiciário para que mudanças sejam feitas no sistema de votação do país. A Reuters ainda pontua que críticos de Bolsonaro temem que ele esteja encorajando apoiadores a tentarem intimidar ou invadir os tribunais – num paralelo com a tomada do Capitólio dos EUA por partidários do então presidente Donald Trump, depois que ele falsamente alegou que sua derrota nas eleições foi o resultado de fraude.
A rede de notícias France 24 traz em seu site reportagem em vídeo que informa sobre as manifestações contra e a favor do governo esperadas para hoje, os atritos entre o presidente e o Judiciário, e relembra o desfile de tanques de guerra em Brasília no mês passado.
O vídeo ainda destaca que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva alerta para o fato de que Bolsonaro quer dividir o país e disseminar o ódio.
Já a Al Jazeera destaca que as manifestações ocorrem num momento em que a popularidade de Bolsonaro está em baixa e o presidente tenta energizar sua base de extrema-direita em meio ao risco de violência entre apoiadores e oponentes.