25/03/2025 - 9:05
São Paulo, 25 – O milho disponível em Mato Grosso alcançou na última semana seu maior valor em 2025, negociado a R$ 71,73 por saca no dia 21 de março, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A média semanal ficou em R$ 71,26, patamar que não era registrado desde junho de 2022, ainda no contexto da pandemia.
De acordo com o Imea, a alta reflete a combinação de menor oferta no Estado e demanda aquecida, o que tem sustentado as cotações no início do ano. Em relação à mesma semana de 2024, a alta acumulada no preço da saca é de 109,01%. O instituto aponta que o período de entressafra no Estado deve continuar limitando a disponibilidade do grão, contribuindo para manter os preços firmes nas próximas semanas.
Apesar da valorização, o custo de produção do milho safrinha 2025/26 recuou em março. O custo operacional efetivo (COE) caiu 0,85% em relação a fevereiro, para R$ 4.605,77 por hectare, puxado por menores gastos com sementes, mão de obra e fertilizantes. Já o custo total (CT), que inclui o custo de oportunidade, foi projetado em R$ 6.463,97/ha, queda de 0,74% no mesmo intervalo.
Com base no preço médio de R$ 41,82 por saca em fevereiro, o produtor precisa atingir uma produtividade mínima de 110,12 sacas por hectare para cobrir as despesas com o COE. A projeção atual do Imea para a safra 2024/25 indica produtividade de 111,72 sc/ha, dentro da média histórica para o Estado.
A comercialização da safra 2023/24 chegou a 98% em março. Para a safra atual (2024/25), 37,57% já foram negociados. A safra 2025/26, por sua vez, começou a ser vendida, com 0,51% comercializado.
No campo, a semeadura do milho em Mato Grosso está praticamente concluída, com 99,94% da área prevista já plantada até 21 de março. Ao mesmo tempo, o recuo nos custos logísticos também tem favorecido os produtores: o frete de grãos entre Sorriso e Miritituba caiu 19,3% na comparação semanal, para R$ 285 por tonelada.