O novo chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo Eduardo de Miranda, tomou posse nesta segunda-feira (14) durante solenidade na sede da empresa, em Campinas (SP).  A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) homenageou o pesquisador com um certificado de agradecimento pelo trabalho desenvolvido na Embrapa, especialmente na elaboração do Código Florestal.

“Só mesmo o Evaristo, com seu brilhantismo e sua inteligência, para fazer aqueles estudos na época do Código Florestal, que tanto nos ajudaram a regularizar a situação dos nossos produtores rurais”, lembrou a ministra.
“Sempre digo que há dois tipos de pessoas, as que querem deixar legado e as que não querem. O que nos motiva a viver é deixar boas recordações, boas lembranças, espírito público. Você aglutina tudo isso, Evaristo”, elogiou Kátia Abreu.
Na cerimônia, a Embrapa também lançou um sistema de informações geográficas online (WebGIS) do Matopiba (território formado por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) totalmente aberto à população para consultas, com mapas e dados da região.
Desafio
Miranda, nomeado em agosto pela Diretoria-Executiva da Embrapa, substitui o também pesquisador Mateus Batistella e terá um mandato de três anos, prorrogáveis por mais três.
Durante a cerimônia, Evaristo de Miranda afirmou que o centro de pesquisa trabalhará para aproximar a produção agropecuária dos polos de consumo e de distribuição. O novo chefe também destacou o fim da pobreza rural como um dos eixos de sua atuação na Embrapa.
“Esse é um grande desafio. Oitenta por cento dos agricultores são pobres e sabemos que a tecnologia agrícola é fundamental e determina em muito a renda do produtor. Vamos colaborar com a questão da governança agrária. Quem quer produzir no Brasil deve ter apoio para isso”, afirmou Miranda.
O pesquisador destacou ainda que a produção agropecuária brasileira atualmente ajuda a matar a fome de um bilhão de pessoas no planeta, mas enfrenta desafios territoriais para continuar crescendo. “A agricultura está cada vez mais complexa e enfrenta grandes questões territoriais. Essa unidade da Embrapa foi construída para isso: apoiar a agricultura brasileira em sua dimensão territorial”, disse.