Na primeira agenda de viagem após tomar posse como ministro dos Transportes, Renan Filho anunciou em Maceió, capital alagoana, uma série de obras para o Estado, o qual governou de 2015 a abril de 2022. De acordo com o ministro, para empreendimentos de manutenção e obras emergenciais, serão destinados em torno de R$ 80 milhões no mais curto prazo, de cerca de dois meses.

Já as obras mais estruturantes devem consumir aproximadamente R$ 600 milhões do orçamento da União. Nesse caso, contudo, o investimento está distribuído ao longo de até três anos.

A expectativa de Renan Filho é de que essa parcela componha os cerca de R$ 100 bilhões de recursos esperados para investimento no País ao longo dos quatro anos, dos quais R$ 22,5 bilhões devem ser executados em 2023 pela pasta. “E nesse mesmo período, em que acho que tenhamos condições de investir R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão em Alagoas, a expectativa é que o Brasil invista R$ 100 bilhões (durante o período), dos quais R$ 22,5 bilhões vamos investir neste ano. Então, de maneira geral, com crescimento do investimento no Brasil, vamos intensificar o investimento em Alagoas”, disse o ministro.

Em coletiva de imprensa ao lado do governador do Estado, Paulo Dantas (MDB), Renan Filho reforçou que deve apresentar o plano dos primeiros 100 dias do Ministério na próxima semana, em Brasília. Os empreendimentos listados hoje em Maceió já integrarão o documento, que foi discutido na quinta-feira em reunião do ministro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), além do orçamento robusto aprovado para 2023 – de cerca de R$ 20 bilhões – a pasta dos Transportes terá R$ 2,5 bilhões que foram empenhados no fim do ano passado para iniciar a agenda de obras prioritárias. O governo Lula conseguiu ampliar o espaço para investimentos públicos em relação à administração de Bolsonaro após a aprovação da PEC da Transição.

Uma das obras emergenciais anunciadas nesta sexta-feira para Alagoas é a de reconstrução de um trecho da BR-101, que está interditado há mais de um ano, segundo Renan Filho, em razão de um buraco aberto em São Miguel dos Campos, situação piorada após um novo deslizamento na região de Boca da Mata. “Deslize é complexo, não é uma obra simples”, disse.

O ministro citou também a ideia de construir um anel rodoviário em Maceió, para que todas as chegadas e saídas da capital contem com pista dupla, além de ter anunciado duas novas duplicações que serão licitadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), uma em um trecho da BR-316. “É duplicação da BR-316, no bairro do Benedito Bentes, em Maceió, até o Pilar, encontrando a BR-101”, explicou.