O dólar operou em baixa nesta terça, 22, após quatro sessões em alta, de olho na publicação da ata do Fed amanhã e apesar de infecções por covid-19 na China aumentarem a procura da moeda como porto-seguro.

O índice DXY caiu 0,57%, aos 107,222 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 141,20 ienes, o euro avançava a US$ 1,0304 e a libra tinha alta a US$ 1,1892.

A Convera destacou que o calendário econômico tranquilo de hoje não sustentou a recuperação de mínimos de vários meses do dólar, o que favoreceu o euro, a libra e o dólar canadense.

No contraponto, o ING destaca que as novas restrições da covid-19 na China alimentou o sentimento do dólar como porto-seguro enquanto investidores aguardam a publicação da ata do Fed amanhã. “Continuamos a ver o dólar em risco de novas ondas breves de baixa esta semana, mas notamos que o ambiente agora se tornou mais benigno para o dólar”.

Segundo a Convera, o euro está a caminho de mais um mês vencedor, apesar de ter permanecido “em um buraco” nesta semana. “Enquanto o EUR/USD caiu quase 10% em relação ao dólar este ano, o par subiu cerca de 3,8% este mês, colocando a moeda compartilhada da Europa no ritmo de um segundo avanço mensal consecutivo”.

Já no caso da libra, a Convera destaca que a moeda manteve um padrão vacilante contra o dólar. Segundo a análise, caso os dados preliminares do Reino Unido sobre o crescimento da manufatura e dos serviços de amanhã confirmem a fraqueza prevista, a libra esterlina pode ter dificuldades para revisitar os picos recentes de três meses em relação ao seu par nos EUA.

O dólar canadense, por sua vez, reagiu à publicação de dados do varejo, que caiu 0,5% em setembro. Entretanto, as previsões de alta para outubro sugerem que os gastos podem acelerar. “Gastos mais rápidos, se concretizados, dissipariam as preocupações sobre a moderação do crescimento no segundo semestre de 2022 e manteriam o Banco do Canadá no caminho para outro aumento de juros em dezembro”. O aumento das taxas, por sua vez, ajuda a valorizar a moeda.