09/02/2023 - 18:46
O dólar recuou ante rivais, à medida que o mercado acompanhou uma rodada de comentários de dirigentes de bancos centrais, que continuam sinalizando aperto monetário por mais tempo para controlar a inflação. Dessa forma, investidores ajustam expectativas sobre altas de juros.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 131,64 ienes, o euro subia a US$ 1,0735 e a libra tinha alta a US$ 1,2114. O índice DXY – que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em queda de 0,18%, a 103,270 pontos.
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, relatou que a expectativa é de que a inflação do Reino Unido desacelere rapidamente em 2023. Além disso, o presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Joachim Nagel, comentou que são necessárias novas altas de juros e uma política monetária decisiva para reduzir o risco de um desencaixe das expectativas de inflação de longo prazo.
Segundo o ING, o rali das moedas de países desenvolvidos deve ser prematuro, considerando que ainda existe espaço para reprecificação em caso de um Federal Reserve (Fed) mais hawkish. Já a Capital Economics projeta que as moedas desenvolvidas devem enfraquecer nos próximos meses, à medida que o sentimento de risco piora. “Mas antecipamos uma recuperação no apetite de risco mais tarde nesse ano e esperamos uma recuperação das moedas desenvolvidas durante o restante de 2023. Em particular, acreditamos que a coroa norueguesa e a coroa sueca podem superar moedas concorrentes”, avalia a consultoria.
Em relatório a clientes, o Brown Brothers Harriman analisa que a decisão monetária do Banco Central da Suécia (Riksbank) confirma a tendência de que os juros devem continuar altos por mais tempo em nível global, e não apenas nos Estados Unidos. Hoje, o Riksbank elevou sua taxa de juros em 50 pontos-base (pb), a 3%. No fim da tarde, o dólar recuou a 10.3660 coroas suecas.
Entre as emergentes, o dólar teve baixa a 18,7922 pesos mexicanos, após o Banco Central do México (Banxico) elevar sua taxa básica de juros em 50 pb, a 11%, contrariando expectativas do mercado de aumento menor, em 25 PB.