O dólar operou em queda nesta quinta-feira, 19, frente aos seus principais rivais, sendo principalmente pressionado pelo euro. Ao mesmo tempo em que as perdas foram contidas pela continuidade do temor de uma recessão na economia global.

O índice DXY, que mede a divisa americana ante seis rivais fortes, recuou 0,29%, aos 102,058 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 128,41 ienes, o euro avançava a US$ 1,0835, e a libra subia a US$ 1,2397.

O euro foi beneficiado hoje pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e falas de dirigentes da instituição, que indicaram continuidade do aperto monetário no bloco, como a presidente Christine Lagarde e o dirigente Klass Knot.

Por outro lado, segundo análise da Convera, o dólar ainda deve ser apoiado pelos riscos de recessão devido a alta de juros. “Contudo, o rali do dólar pode não ser muito significativo se dados da economia americana mais fracos acelerarem o fim do ciclo de aumento das taxas favoráveis ao dólar do Fed”, pondera Joseph Manimbo, analista da Convera.

Com relação ao iene, a Capital Economics destaca que a divisa japonesa ainda pode continuar forte “apesar da obstinação do Banco do Japão”. “Acreditamos que é apenas uma questão de tempo até que o controle da curva de juros se torne pó. Isso sugere mais pressão de alta sobre o rendimento dos JGBs e do iene, que esperamos fortalecer nos próximos meses”, analisa.