O dólar operou em alta nesta segunda, 14, ante a maioria das moedas, recuperando parte das perdas do final da última semana. Na quinta-feira, a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano mostrando desaceleração das pressões inflacionárias havia pressionado o ativo. No entanto, as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed) deverá seguir com seu aperto monetário continuaram a impulsionar o dólar. No caso da zona do euro, são observadas ainda as projeções sobre a severidade do inverno, uma vez que um clima mais ameno pode fazer com que a crise energética na região prejudique menos a atividade econômica.

O índice DXY subiu 0,83%, a 110,549 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 146,51 ienes, o euro caía a US$ 1,0013 e a libra tinha queda a US$ 1,1347.

Para a Convera, embora o Fed seja encorajado pela leitura mais fria do último CPI, será necessário mais do que um mês para obter evidências de que é hora de conter sua campanha de aumento de juros. “As autoridades do Fed estão mais preocupadas em afrouxar prematuramente o pé do freio do que em ultrapassar os aumentos de juros necessários para domar a inflação”, avalia. Esta semana, as vendas no varejo de outubro devem fornecer aos mercados uma noção de como os consumidores estão se saindo antes da importante temporada de compras de fim de ano. Uma impressão forte indicaria que o Fed tem mais trabalho a fazer para esfriar a economia, o que poderia impulsionar o dólar, avalia a Convera.

A libra subiu quase 5% em relação ao dólar na semana passada, lembra a análise, indicando que a ascensão se deveu principalmente à fraqueza da moeda american. “Investidores procurarão mais catalisadores específicos do Reino Unido esta semana. O principal evento é a Declaração de Outono do Chanceler na quinta-feira, que pode sinalizar uma mudança dramática na política fiscal do Reino Unido de muito frouxa para muito apertada, potencialmente exacerbando os riscos de recessão e prejudicando a libra”, avalia a Convera.

Já as perspectivas econômicas da zona do euro melhoraram ligeiramente devido à queda dos preços da energia e ao clima de inverno mais quente nos últimos tempos, indica a análise. “Um fator-chave para os mercados financeiros recentemente tem sido as apostas crescentes de um ciclo de política monetária em desaceleração, mas também rumores sobre uma potencial flexibilização da política de zero Covid da China, aumentando o sentimento de risco e moedas com forte ligação à economia chinesa”, destaca a Convera.