25/06/2020 - 17:56
O dólar avançou ante outras moedas fortes, no pregão desta quinta-feira, 25, em meio à busca por segurança gerada pelo crescente aumento de novos casos de covid-19 nos Estados Unidos, apesar de a cautela ter se dissipado no mercado acionário, devido a notícias positivas para o setor bancário.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,20 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1222 e a libra registrava baixa a US$ 1,2418. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana em relação a seis rivais fortes, fechou em alta de 0,29%, a 97,429 pontos.
“A aversão ao risco está em pleno andamento, com as moedas estendendo sua queda em relação ao dólar nesta quinta-feira”, afirma a diretora de estratégias cambiais do BK Asset Management, Kathy Lien. “Apesar da tentativa do governo Trump de minimizar o risco de uma segunda onda de infecções por covid-19, os números contam uma história muito diferente”, acrescenta a analista.
O governador do Texas, Greg Abbott, anunciou hoje que o estado americano vai pausar o processo de reabertura econômica por causa do aumento dos casos de coronavírus e de hospitalizações observados nos últimos dias.
“O dólar tem desempenho acima da média à medida que a incerteza global aumenta”, afirma o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Para o profissional, a onda de otimismo “desabou” após a aceleração no número de novos infectados por covid-19 nos EUA.
Manimbo menciona, também, o número maior do que o esperado de pedidos de auxílio-desemprego no país na semana passada, dado divulgado hoje, como outro fator que contribuiu para a busca por segurança no mercado cambial.
Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar não manteve direção única. No final da tarde em Nova York, a moeda americana subia a 70,1912 pesos argentinos, mas caía a 22,7047 pesos mexicanos e a 17,1990 rands sul-africanos.
No México, o banco central decidiu cortar a taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 5% ao ano. Já o ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, adotou um tom cauteloso ao falar sobre dívida, mas garantiu o controle do déficit do país.