O dólar se valorizou frente ao iene, o euro e a libra nesta quinta-feira, 11, com perda de ganho apenas pontual após a publicação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Havia ainda alguma cautela com o setor bancário dos Estados Unidos, o que apoiava a compra da moeda americana, enquanto declarações de bancos centrais seguiam como foco importante.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 134,54 ienes, o euro caía a US$ 1,0920 e a libra tinha baixa a US$ 1,2512. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,57%, em 102,058 pontos.

Na agenda de indicadores, o PPI dos EUA subiu 0,2% em abril ante março, quando analistas ouvidos pela FactSet previam avanço de 0,3%. O núcleo do PPI avançou 0,2% na mesma comparação, como esperado. Após o dado, o dólar chegou a ter perda de fôlego, mas o movimento não perdurou.

No setor bancário, a informação sobre saída de depósitos do PacWest esteve em foco, com a ação do banco regional bastante pressionada em Nova York, e o ambiente de cautela apoiou o dólar.

Na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) elevou os juros em 25 pontos-base, como esperado. O BoE ainda revisou para cima projeções de crescimento, prevendo desaceleração inflacionária no restante do ano. De qualquer modo, a libra recuou no dia. Mais cedo, o BBH comentava que a moeda britânica tende a enfraquecer em dias de decisão do BoE recentemente. Para o presidente do BoE, Andrew Bailey, a inflação no Reino Unido deve chegar à meta de 2% até o fim de 2024.

Entre os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Pablo Hernández de Cos afirmou que a instituição está nos “estágios finais” do ciclo de aperto. Já Joachim Nagel não excluiu altas nos juros em setembro.

Entre moedas emergentes em foco, o rand esteve sob pressão, com o dólar em alta a 19,1925 rands no horário citado, após o embaixador dos EUA na África do Sul, Reuben E. Brigety II, afirmar que o país forneceu armas e munição à Rússia, o que pode complicar a relação com os americanos e inclusive levar a sanções, no contexto da guerra na Ucrânia. Segundo a Reuters, com isso o rand se aproximou hoje de mínimas em três anos.