O dólar avançou ante a maioria das outras moedas nesta quinta-feira, 25, ganhando mais fôlego após a publicação de indicadores dos Estados Unidos, entre eles revisões do Produto Interno Bruto (PIB) e do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) do primeiro trimestre. As negociações ainda não concluídas sobre a elevação do teto da dívida do governo federal também estiveram em foco, bem como a perspectiva para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 140,19 ienes, o euro recuava a US$ 1,0721 e a libra tinha baixa a US$ 1,2317. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho de 0,35%, a 104,251 pontos.

O DXY já subia no início do dia, estendendo ganhos da sessão anterior. O euro operava em queda, após revisão apontar que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha entrou em recessão. Na agenda americana, o PIB do primeiro trimestre foi revisado em alta, para um avanço ao ritmo anualizado de 1,3% no primeiro trimestre (de alta de 1,1% antes informada).

O PCE subiu 4,2% no mesmo período e o núcleo do índice teve avanço de 5,0% – neste caso do núcleo, houve revisão em alta da alta de 4,9% antes informada. O índice de atividade nacional do Fed de Chicago subiu a 0,07 em abril, enquanto os novos pedidos de auxílio-desemprego tiveram alta de 4 mil na semana, a 229 mil. Após os dados, o dólar estendeu seu movimento para cima.

Por outro lado, continuava em foco a questão do teto da dívida, ainda sem solução na disputa entre o presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, e a oposição republicana, sob comando do presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy. A Oanda adverte que o dólar pode ser pressionado “caso o drama do teto da dívida fique mais feio”.

Já a High Frequency Economics analisava os números do PIB e dizia que os efeitos da política monetária continuarão a pesar na economia dos EUA nos próximos trimestres. Segundo ela, há risco de maior aperto nas condições de crédito, pesando na atividade.

Entre dirigentes do Fed, Tom Barkin (Richmond) disse que parte da perda de fôlego na demanda no país é fruto do aperto recente no crédito bancário. Já Susan Collins (Boston) advertiu para as consequências severas de um eventual calote da dívida dos EUA, e também disse que não espera contração significativa da economia.

Entre outras moedas em foco, o dólar avançava a 19,7899 rands, no horário citado. O BC da África do Sul decidiu hoje elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 8,25%, além de atualizar projeções para o PIB. A Capital Economics considerou que o BC mantém um foco firme na inflação, em meio a temores crescentes do impacto inflacionário de “persistentes cortes de energia” ocorridos no país.