11/01/2023 - 18:24
O dólar operou sem sinal único na comparação com divisas rivais e emergentes, nesta quarta-feira, 11. As negociações aconteceram em compasso de espera pelo relatório de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, com divulgação prevista para amanhã.
O índice DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou a sessão com recuo de 0,05%, a 103,188 pontos. Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o euro subia a US$ 1,0758 e a libra, a US$ 1,2151, enquanto o dólar avançava a 132,43 ienes.
Em dia de agenda esvaziada, o dólar demonstrou fôlego limitado frente a outras moedas fortes. Investidores aguardam o relatório com dados da CPI de dezembro nos Estados Unidos, que pode servir como termômetro para a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). Segundo mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, a expectativa é de que o CPI fique estável na comparação mensal de dezembro.
O Commerzbank avalia que as expectativas sobre a divulgação diminuíram a volatilidade nas negociações do dólar e que a maior parte do mercado “não vê razão” para agir de outra forma, considerando o impacto da inflação sobre os preços da moeda.
“Qualquer pessoa que traduza suas projeções de dados de inflação muito cedo para posições em dólares adquire riscos desnecessários”, defende o banco, alertando que os movimentos realizados antes do relatório podem exigir revisão se os dados forem diferentes do esperado.
Projeções do mercado esperam que o novo relatório da CPI aponte uma desaceleração na inflação, abrindo espaço para um eventual relaxamento da política monetária do Fed até o final do ano.
Segundo análise da Convera, uma inflação próxima ou abaixo das previsões poderia deixar o dólar mais vulnerável, enquanto preços básicos acima do esperado poderiam fortalecer a moeda devido ao sentimento de risco que favorece apostas mais seguras. “O dólar derrotou seus principais rivais no ano passado, quando o Fed embarcou em seu ciclo de aumento de juros mais agressivo em décadas”, lembra a consultoria.
*Com informações da Dow Jones Newswires