24/02/2021 - 18:14
O dólar não teve sinal único ante outras divisas fortes em geral, mostrando pouco impulso e perdendo força à tarde, em meio a declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a renovadas promessas do governo do presidente Joe Biden de tentar aprovar em breve um novo pacote fiscal.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 105,86 ienes, o euro avançava a US$ 1,2168 e a libra tinha alta a US$ 1,4138. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, subiu 0,01%, a 90,176 pontos.
A Western Union afirmou em relatório que o dólar oscilava perto de mínimas recentes, com investidores avaliando os sinais do Fed.
O presidente do BC, Jerome Powell, voltou hoje ao Congresso, dessa vez para falar em comitê da Câmara dos Representantes. Powell reafirmou a política monetária acomodatícia, na retomada econômica, e previu que a inflação não deve ter ganho sustentado de impulso.
Em linha similar, o vice do Fed, Richard Clarida, disse durante evento virtual não ver pressões de alta sustentadas sobre a inflação, afirmando que o Fed manterá o apoio “pelo tempo necessário” para a retomada.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, por sua vez, disse que o governo Biden espera a aprovação em breve do pacote fiscal potencialmente ainda nesta semana. Psaki também mencionou outros planos que a administração teria, para depois da confirmação desse pacote.
Na Europa, a libra se fortaleceu em meio a declarações do comando do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Presidente do BoE, Andrew Bailey comentou que o impacto de lockdowns pela covid-19 sobre a economia tem diminuído, graças a mudanças de comportamento como mais compras online. Bailey ainda disse não se preocupar com o quadro da inflação nos EUA e avaliou um potencial pacote no país como um apoio ao crescimento do mundo.
A Capital Economics diz em relatório que a libra tem mais espaço para se valorizar. A consultoria afirma que a moeda é apoiada pela perspectiva de mudanças na percepção sobre a política monetária, com menos investidores esperando cortes nos juros, e pelo apetite por risco global em geral, bem como por notícias positivas na vacinação conta a covid-19.