O dólar operou em alta nesta terça-feira, 6, em sessão marcada por queda generalizada de ativos de risco, em meio a temores sobre a fraqueza do crescimento global, e com investidores no aguardo pela decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o ritmo da taxa de juros.

O índice DXY subiu 0,27%, aos 105,578 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 136,95 ienes, o euro recuava a US$ 1,0469 e a libra tinha baixa a US$ 1,2139.

A Convera destaca que o dólar se manteve acima das mínimas de vários meses, e que a narrativa de um dólar “não tão forte” terminou após dados do índice de gerente de compras (PMI) de serviços e do payroll nos últimos dias.

Os dados fortes, segundo análise da empresa, corroboram a visão do Fed de que o destino das taxas de juros poderá ser maior. Entretanto, “os grandes ganhos do dólar neste ano foram reduzidos à metade, já que o Fed parece determinado a desacelerar seu ritmo agressivo de política monetária mais rígida”.

Outro driver da valorização do dólar foi a publicação pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos da balança comercial do país de outubro, indicando um déficit comercial menor do que o esperado pelo mercado. Segundo ferramenta do CME, havia 77% de chance do Fed aumentar as taxas em 50 pontos-base, número maior que o registrado ontem, de 75,8%.

O euro, por sua vez, subiu para máximas de cinco meses em relação ao dólar, “um sinal claro de como o sentimento melhorou em relação à moeda única da Europa”, destaca a Convera, em relatório. Em fala à Reuters, um dos membros do conselho do BCE, Constantinos Herodotou, destacou que as taxas de juros estão “muito próximas” do nível neutro, mas garantiu que ainda haverá mais aumentos.

Já a libra operava em alta, mas o rali ainda será testado pelos dados da próxima semana, incluindo publicação da taxa de desemprego, da inflação do Reino Unidos e a última reunião de política monetária deste ano do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), no dia 15.