O dólar operou em queda nesta quarta-feira, 14, em dia marcado pela decisão de aumento de 50 pontos-base (pb) na taxa de juros dos Estados Unidos por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell. A elevação de 50 pb representa uma desaceleração após três subidas consecutivas de 75 pb nas taxas. O movimento era esperado, mas houve destaque também para as previsões dos dirigentes. A mediana dos Fed funds para 2023 passaram de 4,6% a 5,1% entre as reuniões de setembro e dezembro.

O índice DXY caiu 0,21%, aos 103,770 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caia a 135,12 ienes, o euro avançava a US$ 1,0686 e a libra tinha alta a US$ 1,2436.

Logo após a publicação da decisão, o presidente do BC, Jerome Powell destacou incertezas sobre a economia do país. “Ninguém sabe com toda certeza como nossa economia estará no próximo ano. Nossas decisões serão completamente baseadas em dados e a cada reunião”.

Na visão da Convera, a moeda americana caiu em “um buraco mais profundo” no quarto trimestre depois que a inflação ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) moderou para uma taxa anual de 7,1% em novembro, o nível mais baixo em 11 meses. “Um Fed que enfatize que sua luta contra a inflação está longe de terminar poderia colocar um piso mais sólido sob o dólar”.

O euro, por sua vez, reagiu aos dados da produção industrial da zona do euro, que apresentou um recuou em outubro na comparação com setembro, uma queda maior do que a esperada pelo mercado. Ainda, o mercado do câmbio aguarda as decisões do Banco Central Europeu (BCE) sobre a taxa de juros amanhã. Segundo analistas consultados pelo Broadcast, a previsão é de alta de 50 PB.

Já a libra operou em alta após dados da inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido indicarem que a taxa desacelerou em novembro, levemente abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

Na visão da Convera, “a libra se manteve forte, pois ainda é prematuro cobrar um máximo nos preços ao consumidor”. Ainda, investidores aguardam a decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sobre a taxa de juros amanhã.