O dólar operou em alta ante rivais nesta segunda-feira, 16, em sessão marcada por agenda esvaziada pelo feriado nos Estados Unidos. O iene figurou entre as principais perdas ante a moeda norte-americana, à medida que investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), na próxima quarta-feira.

Ao fim da tarde, o índice DXY, que mede a divisa americana ante seis rivais fortes, subia 0,18%, aos 102,390 pontos. O dólar subia a 128,54 ienes, o euro recuava a US$ 1,0821 e a libra tinha baixa a US$ 1,2194.

No radar de investidores, ainda estão as expectativas para a próxima alta de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que influencia na força do dólar ante rivais. Segundo a Barclays, os dados recentes dos Estados Unidos apontam para a desaceleração da inflação e o alívio das pressões salariais nos EUA deverão levar a um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros na próxima reunião de política monetária.

Nesta segunda, o ING afirmou que revisou em alta suas projeções do euro em relação ao dólar. Segundo o banco holandês, o ambiente está mais benigno para o euro, e há “claros sinais” de que haja menos pressões sobre os preços dos EUA. No primeiro trimestre deste ano, a estimativa é de que o euro esteja negociado a uma média de US$ 1,08, ante projeção anterior de US$ 0,98.

A previsão é parecida para o Morgan Stanley, que destacou hoje que, com o dólar atingindo mínimas de sete meses ante rivais, o DXY deve encerrar o ano em 98 pontos, ante os 104 da previsão anterior. Segundo análise, melhorias nas perspectivas de crescimento global e diminuição das preocupações com a inflação criam as condições para um dólar mais fraco.

Em relação ao iene, a expectativa pela decisão do BoJ deu o tom da sessão. A divisa japonesa vem de uma sequência de fortes ganhos, diante de relatos de que o BC japonês pode considera mudanças em seu programa de controle da curva de juros (YCC, na sigla em inglês). No entanto, analistas acreditam que o BoJ não fará alterações no instrumento.

*Com informações da Dow Jones Newswires.