O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta quarta-feira, com investidores atentos ao risco de recessão global e também à espera de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na próxima semana. Além disso, o iene bateu mínima desde 2002, com a postura relaxada do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 134,24 ienes, o euro avançava a US$ 1,0715 e a libra tinha baixa a US$ 1,2539. O índice DXY registrou alta de 0,22%, a 102,542 pontos.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou hoje sua previsão para o avanço da economia global em 2022, de 4,5% a 3,0%. Além disso, advertiu para o risco de um preço “muito alto” a ser pego pela guerra da Rússia na Ucrânia, com custos que podem aumentar com o tempo.

A cautela tende a apoiar o dólar, beneficiado também pelas apostas de alta de 50 pontos-base nos juros na próxima semana. Na Europa, a Eurasia prevê que o Banco Central Europeu (BCE) também fale sobre alternativas caso ocorra forte estresse em mercados de bônus da região. Analistas em geral esperam manutenção da política monetária do BCE nesta quinta-feira, mas com sinalização sobre aperto monetário em breve, diante da força da inflação, mesmo que isso possa elevar o risco de uma recessão adiante.

Entre outras divisas em foco, o dólar recuava a 60,535 rublos, no horário citado. A divisa da Rússia é apoiada por controles de capital, mesmo com os impactos da guerra e das sanções contra o país. Hoje, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) projetou contração de 15% na economia russa neste ano.