O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta nesta sexta-feira, após ser impulsionado pelos dados do payroll (dado de emprego) de maio dos Estados Unidos. O relatório reforçou a perspectiva de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de elevar a taxa básica de juros em 50 pontos-base nas duas próximas reuniões.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 130,87 ienes, o euro caía a US$ 1,0723 e a libra a US$ US$ 1,2497. O DXY subiu 0,31%, a 102,140 pontos.

A economia dos Estados Unidos criou 390 mil empregos em maio, acima da expectativa de geração de 328 mil vagas. Já a taxa de desemprego ficou estável em 3,6% e o salário médio por hora avançou 0,3% em relação a abril, ou US$ 0,10, a US$ 31,95, um pouco abaixo da previsão de alta de 0,4%.

De acordo com o CIBC, apesar de a contratação ter desacelerado um pouco, ela permaneceu “muito quente” para o conforto do Fed. Dessa forma, segundo o banco canadense, com as contratações permanecendo em um ritmo sólido, “ainda estamos claramente no caminho para aumentos de 50 pontos-base nas próximas duas reuniões”.

Reagindo ao relatório, o dólar se fortaleceu ante rivais. “O dólar estava praticamente estável em relação ao euro e à libra esterlina antes do relatório de emprego de maio de hoje.Um forte relatório de empregos sugere que o Fed pode hesitar em diminuir os aumentos agressivos das taxas de juros em setembro, uma visão vista como favorável ao dólar”, analisa a Western Union.

O iene, por sua vez, estende as perdas recentes ante o dólar, após o presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, reconhecer os riscos de inflação no país, mas insistir que a política monetária expansionista será mantida. “É importante criar um ambiente econômico onde os salários possam subir mais”, disse.