O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta quinta-feira, 27, favorecido pela desvalorização do euro, após a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). No radar, também estiveram os dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que vieram acima do esperado, mas suscitaram perspectiva de que a economia americana ainda deve desacelerar.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 146,21 ienes, o euro caía a US$ 0,9973

e a libra tinha queda a US$ 1,1571. O índice DXY registrou alta de 0,80%, a 110,587 pontos.

O BCE decidiu elevar seus juros básicos em 75 pontos-base, como já esperado pelo mercado. A presidente da instituição, Christine Lagarde, adiantou que espera subir mais as taxas para reduzir a inflação à meta em “tempo hábil”. Além disso, ela afirmou que o risco de recessão está “mais próximo no horizonte”. Em reação, o euro acelerou quedas ante o dólar e passou a operar abaixo da paridade com a divisa americana.

No radar, também esteve o PIB americano, que cresceu ao ritmo anualizado de 2,6% no terceiro trimestre de 2022, superando a mediana da expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 2,4%.

Com o resultado, a economia dos EUA superou a recessão técnica em que entrou no segundo trimestre. Analistas, no entanto, avaliam que a economia dos EUA ainda deve entrar em recessão. O TD Securities, por exemplo, acredita que os números “mostram claramente sinais de que a economia desacelera, como seria esperado após o rápido aperto nas condições financeiras em 2022”.

Para a Western Union, “a cautela antes dos principais eventos transatlânticos de hoje ajudou o dólar americano a se estabilizar depois de cair para mínimos de várias semanas”. “Fluxos de refúgio estão impulsionando tanto o iene quanto o dólar hoje, à medida que crescem os riscos de recessão global”, destaca Edward Moya da Oanda.

A libra egípcia, por sua vez, registrou forte desvalorização ante o dólar americano, após o banco central do país informar que tornará seu regime cambial mais flexível. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que fornecerá cerca de US$ US$ 5 bilhões em crédito ao país até 2023. No fim da tarde em Nova York, a libra caía a 0,0423 dólares americanos, ante 0,5075 no fechamento de ontem.