Especial inovação – Gestão

À frente da administração do sítio Novo Horizonte, em Araxá (MG), uma propriedade de 85 hectares, dos quais 65 hectaresplantados com café, a rotina de trabalho da biomédica Camila Cristina Binotto, 35 anos, é intensa. Ela faz a gestão financeira, a compra de materiais, as cotações, as certificações e a regulação dos implementos e das máquinas. Em busca de tecnologia para dar conta das tarefas, Camila conheceu a plataforma digital e-Agro, de Ribeirão Preto (SP). “Ela é um aplicativo perfeito para quem precisa de gestão operacional e financeira”, diz ela. “Tenho o controle correto e fácil das despesas, das operações e dos estoques, o tempo todo.” Por meio da ferramenta, a produtora lança os dados diários e mensais, os pagamentos futuros e a receita com a venda de 2,5 mil sacas anuais de café. O exemplo de Camila, que abandonou a biomedicina para administrar a propriedade que a família comprou em 2012, mostra que é possível acompanhar todas as atividades pelo celular. Sua história representa o avanço da tecnologia digital no agronegócio. A primeira fase dessa onda no campo foi o início do uso da agricultura de precisão. Agora, é a vez da gestão de dados que começa a ir para dentro das fazendas, com a escolha da melhor ferramenta para gerenciar as informações e mudar a propriedade para melhor. De acordo com Angelo Henrique Pileggi Palocci, diretor da e-Agro, o primeiro passo da gestão é o controle das atividades, que permite planejar, fazer mudanças, reduzir os custos e melhorar a receita. “O aplicativo ideal é o que melhor atende as necessidades do produtor”, diz ele. “E a melhor forma de escolher uma ferramenta é testando e conversando com outros usuários.” No mercado, há várias opções de softwares de gestão integrada, os ERP destinado às lavouras e ao rebanho, de empresas como M2Agro, BovControl, Strider e Jetbov.