O coordenador do Grupo de Trabalho Reforma Tributária (GT Tributário), deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), ao defender nesta terça-feira, 25, a reforma com a unificação dos impostos sobre o consumo, voltou a afirmar que “não é verdade que beneficiará a indústria” em detrimento do setor agropecuário.

A fala do deputado, bem como de outras autoridades encarregadas de levar adiante a reforma, tenta esclarecer ao setor agropecuário que o segmento não será prejudicado como contrapartida ao benefício que a reforma conferirá à indústria.

Segundo Lopes, do ponto de vista do custo Brasil, o que tem de ser feito para dar mais competitividade, em especial à indústria brasileira (o setor de bens manufaturados), é tirar o custo tributário. “Esse custo tributário é enorme e deixa o Brasil com pouca capacidade competitiva, do ponto de vista de um país exportador de valor agregado. Eu diria também que, até do ponto de vista das exportações do setor agro, no médio e longo prazo o nosso sistema não seja cumulativo”, afirmou.

Por isso, disse ele, “esse debate de que a reforma seria muito positiva para a indústria e que não seria positiva para o agro, não é verdade”.

“O setor agro hoje tem um papel fundamental. A agroindústria pode avançar muito e agregar muito mais valor às suas exportações”, disse o coordenador do GT Tributário.

O deputado participou do evento “Reforma Tributária: Simples e necessária”, que a Associação Nacional de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) e o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo promovem em Brasília.