O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que estará aberto a conversas com governadores, independentemente do partido político ou postura durante as eleições de 2022. Ao destacar que não acontecerão atos antidemocráticos semelhantes aos de 8 de janeiro, o chefe do Executivo declarou que a “palavra-chave é que o Brasil precisa voltar à normalidade”.

“Meu gabinete e o de ministros estarão abertos”, declarou o presidente, em discurso inicial em reunião com governadores, que ocorre nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto. Na esteira da ideia de retomar a normalidade, o petista destacou ser preciso “parar de judicializar a política” e, para isso, cada Poder deve exercer de forma plena suas obrigações.

“Vou trabalhar muito, conversar muito, para que Judiciário faça o papel dele, que o Congresso faça o papel do Congresso”, disse. Segundo Lula, quando se perde uma ação no Congresso, “em vez de aceitar a regra do jogo democrático, a gente recorre a uma outra instância”, pontuou. Em sua visão, tal método de se fazer política faz com que o Judiciário “adentre ao Poder Legislativo e fique legislando no lugar do próprio Congresso”.

De acordo com o presidente, não há, da parte do governo, “nenhum veto a quem quiser conversar”. “Quero encerrar essa reunião com propostas de trabalho”, pontuou.

Segundo Lula, para ampliar o diálogo entre governo federal e prefeituras e Estados, o governo irá reconstruir a sala dos prefeitos na Casa Civil e fazer uma sala para prefeitos na Caixa. “É tornar a política brasileira mais civilizada, humanista, democrática e muito mais solidária”, afirmou.