O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar a disputa política travada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nos últimos meses. “Não sei de detalhes do problema interno que a Fiesp viveu”, respondeu, ao ser questionado sobre o tema na saída da reunião de diretoria da entidade.

Sobre a reoneração dos combustíveis, outro tema questionado após o encontro do ministro com empresários da indústria paulista, Haddad disse que nada mudou em relação ao plano de volta das alíquotas cheias em março.

Durante o evento, o ministro falou a empresários da indústria paulista sobre a reforma tributária, a ser realizada em duas etapas, e políticas de democratização de crédito, que, junto com a educação, podem promover a mobilidade social. Também avaliou que muitas empresas já deixaram o sistema bancário e passaram a ter financiamento no mercado de capitais, que avançou nos últimos anos.

Haddad tocou ainda em assuntos específicos da indústria, como o etanol. Segundo o ministro, as usinas de etanol terão um desenvolvimento “natural” se a política de preços da Petrobras for bem calibrada. “Não falta demanda por etanol, temos demanda à vontade”. Ao tratar da transição energética, frisou que o processo no Brasil pode ser um dos mais rápidos do mundo.