Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a médica Nise Yamaguchi, voltou a destacar a sua atuação auxiliando outros governos. “Eu não pretendo estar associada a uma situação única”, afirmou a médica. Durante sua fala inicial à CPI, Nise tentou desvencilhar sua imagem de proximidade com o governo Bolsonaro.

A médica afirmou que é uma “colaboradora eventual” de “qualquer” gestão que precisar de sua opinião médica, destacando sua atuação durante o governo Lula. Nise também declarou não fazer parte de “nenhum partido político”. A médica também comentou sobre sua relação com Carlos Wizard, empresário que é visto por parte dos integrantes da Comissão como um dos possíveis integrantes de um suposto “ministério paralelo” ao ministério da Saúde, que aconselharia o presidente Bolsonaro em questões referentes à pandemia. Segundo Nise, ela trabalhou com Wizard em um comitê científico independente.

Sobre este comitê, Nise afirmou que a intenção do grupo, que reunia mais de 10 mil médicos, segundo ela, foi criado com o objetivo de oferecer à população conhecimento de uma forma organizada “sem que houvesse um vínculo oficial” com órgãos como o Ministério da Saúde. Contudo, Nise afirmou que devido a “perseguição da mídia”, o grupo acabou se dissolvendo antes de começar os trabalhos.

Nise também afirmou que o primeiro encontro deste grupo com o presidente da República, Jair Bolsonaro, teve a participação do ex-assessor especial do presidente Arthur Weintraub.