30/09/2025 - 9:49
Matopiba – a região de 73 milhões de hectares que engloba o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – é uma das áreas agrícolas que mais crescem no Brasil. De lá saíram 32 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, e a produção na região cresce em média 10% ao ano. Para cultivar mais grãos são necessárias mais máquinas agrícolas que, por sua vez, precisam de combustíveis. E é justamente no meio do Matopiba que a Ultracargo – a maior empresa independente de armazenagem de granéis líquidos do País – acaba de iniciar as operações de seu terminal em Palmeirante, no Tocantins.
Com investimento de R$ 161 milhões, a unidade liga a região ao Porto do Itaqui, no Maranhão, por meio de linhas ferroviárias da VLI. Cerca de 30% dos combustíveis consumidos no Brasil passam por Itaqui, e já está prevista uma expansão na capacidade de tancagem do porto em 2026. No projeto da Ultracargo, a empresa precisou construir um desvio de 1,6 quilômetro para se conectar à infraestrutura da VLI.
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O terminal de Palmeirante, em Matopiba
O terminal de Palmeirante tem capacidade de 23 mil metros cúbicos, distribuídos em 13 tanques (12 destinados a combustíveis e biocombustíveis e um para o sistema de combate a incêndio). O principal objetivo do terminal é levar combustíveis e biocombustíveis para abastecer as máquinas agrícolas nas fazendas e as unidades industriais no Maranhão, Tocantins, Pará e Mato Grosso.
O novo terminal representa uma alternativa logística para cerca de 35% da região, eliminando a necessidade de viajar 300 quilômetros até Porto Nacional, no Tocantins, onde antes os distribuidores tinham que buscar o combustível. Distribuidores baseados em outras regiões tinham que viajar ainda mais longe – gastando combustível para pegar combustível. A mudança não apenas reduz o tempo de viagem, mas também otimiza as operações de manobra tanto na origem quanto no destino. “Ao fazer a conexão do porto com o terminal pela ferrovia, sai das estradas uma frota muito grande de caminhões que antes supriam todo aquele eixo central do Matopiba, que agora passa a ser atendido de uma forma mais eficiente,” disse Fulvius Tomelin, o presidente da Ultracargo.
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