31/12/2013 - 7:26
Uma das fabricantes de calçados femininos mais conhecidas do País, sinônimo de bom gosto e elegância no mundo da moda, a Arezzo&Co tem desfilado com desenvoltura e confiança também no universo corporativo. A companhia de Belo Horizonte – vencedora na categoria Calçados e Couros no anuário AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL – obteve um faturamento que superou a marca de R$ 1 bilhão, em 2012. Não por acaso, é considerada uma gigante no segmento calçadista, dona de marcas como Arezzo, Schutz, Alexandre Birman e Ana Capri. A Arezzo nasceu há 40 anos pelas mãos de Anderson Birman, fundador do grupo, que deixou a presidência em março para assumir a liderança do Conselho de Administração. Em seu lugar entrou o filho Alexandre, que aprendeu com o pai a produzir calçados e a gerir a empresa com passos firmes em direção ao crescimento. “Como fundador e presidente do Conselho de Administração, meu principal compromisso é com a perenidade do negócio”, diz Birman. “Procuramos assimilar desafios e responder com velocidade nas tomadas de decisão.”
Ao que tudo indica, Alexandre vem correspondendo às expectativas no comando da empresa. No terceiro trimestre deste ano, o lucro líquido cresceu 2,9%, em comparação com o mesmo período de 2012, e chegou a R$ 29,4 milhões, enquanto a receita líquida cresceu 8,1% e fechou o período em R$ 266,7 milhões. Entre julho e setembro deste ano, outras 12 lojas da marca foram abertas, totalizando 429 unidades, sendo nove no Exterior. Uma das primeiras mudanças promovidas por Alexandre à frente da Arezzo foi a reformulação do design das lojas e a internacionalização. No ano passado, com o crescimento dos negócios no Brasil, o grupo deu o primeiro passo no mercado estrangeiro, com a abertura de uma loja da Schutz na elegante Madison Avenue, em Nova York.
Passado pouco mais de um ano do início da operação internacional, o grupo abriu mais oito lojas no mercado americano, todas da marca Arezzo. Anderson atribui o sucesso das operações dentro e fora do Brasil ao eficiente trabalho de gestão da empresa, que começa com o controle da qualidade dos fornecedores de couro, incentivados a adotar tecnologias e práticas sustentáveis, passando pelas fábricas e chegando aos franqueados. “Temos mais de três mil vendedores treinados constantemente nas lojas”, diz Anderson. Por ano, são mais de 10 milhões de itens vendidos, produzidos em 200 fábricas parceiras.
A receita de sucesso do grupo teve início nos anos 1990, quando a Arezzo deixou de ser apenas uma fabricante de calçados para cair de vez nas graças do público, ao se tornar uma das maiores varejistas do setor de calçados femininos na América Latina. Em 1990, inaugurava sua primeira flagship store na rua Oscar Freire, reduto das grifes de luxo em São Paulo. Em 2011, a companhia estreou na bolsa, decisão que para Anderson representou um grande salto rumo ao crescimento consolidado. “Nos últimos três anos, a companhia passou por um dos mais bem-sucedidos IPOs da história do País”, diz.
A receita anual do grupo tem crescido em média 20%. Segundo o executivo, a abertura de 58 novas lojas, a ampliação de outras 13, aumentando a área de vendas em 21,1% em 12 meses, além de um saudável crescimento no canal multimarcas são os principais fatores que vêm contribuindo para esse crescimento. O valor de mercado da companhia também aumentou no terceiro trimestre, chegando a R$ 3,5 bilhões, ante R$ 3,2 bilhões registrados no mesmo período de 2012.