29/05/2013 - 18:02
Pronamp bate recordes
O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) liberou o maior volume da sua história. O montante ultrapassou R$ 8 bilhões, entre julho de 2012 e março de 2013. Esse valor é 53% superior ao obtido na safra 2011/2012, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Esse volume maior era esperado devido à maior facilidade de aquisição de crédito e de condições melhores ao produtor”, diz Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Mapa. Entre as modalidades do programa, a que apresentou a maior alta no comparativo entre a safra anterior e a atual foi a de custeio e comercialização, que passou de R$ 3,6 bilhões para R$ 6 bilhões, um aumento de 66%. Ao todo, os recursos liberados nos nove primeiros meses do Plano Agrícola e Pecuário em curso representam 72% dos R$ 11 bilhões disponíveis. Durante a safra atual, o governo elevou o limite de financiamento de custeio por produtor de R$ 400 mil para R$ 500 mil, além de reduzir a taxa de juros de 6,25% para 5% e aumentar a renda bruta anual de R$ 700 mil para R$ 800 mil, para enquadramento no Pronamp.
Alimentos mais caros
Os preços mundiais dos alimentos subiram 1% em média em março, diz a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Essa alta foi puxada pelos lácteos que tiveram uma elevação de 11% no preço
Mais biodiesel
O mercado de biodiesel do País movimentou R$ 1 bilhão em abril. Esse volume foi ofertado no 30º Leilão de Biodiesel, da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ao todo, foram vendidos 488 milhões de litros, os quais entrarão na composição do diesel B (mistura de 95% de diesel A e 5% de biodiesel) consumido no País.
Cargill tem queda no lucro
O lucro líquido global da americana Cargill foi de US$ 445 milhões no terceiro trimestre fiscal de 2013. Esse valor representa uma queda de 42% sobre os US$ 766 milhões de 2012. Já a receita líquida aumentou 1%, para US$ 32,2 bilhões. segundo a Cargill, o revés foi devido aos altos custos dos grãos, que geraram problemas na área de processamento de carnes nos EUA.
Biosev oferta R$ 805 milhões
A Biosev, braço sucroalcooleiro do grupo francês Louis Dreyfus, concluiu sua oferta pública inicial de ações no Novo Mercado da BM&FBovespa. A companhia captou R$ 805 milhões, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao todo, foram vendidos 53,7 milhões de ações, a R$ 15 cada uma. A abertura de capital faz parte de um dos compromissos assumidos pela empresa no acordo para a renegociação de dívidas.
Investimento bilionário
A Fibria, fabricante de celulose do grupo Votorantim, prevê investir R$ 1,2 bilhão até dezembro deste ano. Nos três primeiros meses de 2013, já foram investidos R$ 249 milhões, dos quais R$ 153 milhões foram destinados à manutenção de florestas. A companhia também desembolsou R$ 24 milhões em expansão e R$ 14 milhões na Veracel, joint venture com a sueco-finlandesa Stora Enso.
Números do mercado
R$ 11 Milhões foi o valor pago pela Totvs para a compra de 60% da PRX, empresa de sistemas de gestão para o agronegócio
R$15 milhões foi o lucro líquido da Usina Bazan em 2012. O resultado representa queda de 77% ante os R$ 66 milhões de 2011
R$ 36 Milhões foi o lucro líquido da Usina Colombo em 2012. O resultado representa queda de 76% ante os R$ 150 milhões de 2011
R$ 130 Milhões será o investimento que a Nutrifont fará na construção de uma fábrica de ingredientes para a indústria de alimentos no RS.
US$ 180 Milhões foi o lucro líquido da Bunge no primeiro trimestre fiscal de 2013. O valor representa alta de 92% em relação a 2012.
US$297 Milhões foi o lucro líquido da Yara no primeiro trimestre fiscal de 2013. O valor representa recuo de 25% sobre 2012.
Floralco tem novo dono
A usina Floralco, de Flórida Paulista (SP), foi vendida para a GAM Participações e Empreendimentos por R$ 150 milhões. O montante será pago aos credores da Floralco em oito anos, sendo que a primeira parcela vence em dezembro de 2014. A GAM também assumirá uma dívida trabalhista de R$ 20 milhões e uma dívida com fornecedores de cana de R$ 16 milhões.
Made in Brazil
A receita das exportações de carne suína in natura de Mato Grosso do Sul para a Ucrânia ficou em US$ 2,8 milhões, no mês de março. O montante representa alta de 45% em relação ao mês anterior, quando as vendas externas do setor ficaram em US$ 1,9 milhão. E 42% a mais que os US$ 2 milhões registrados no mesmo período do ano passado, de acordo com a Secretaria do Comércio Exterior (Secex). O volume dos embarques internacionais do Estado foi de mil toneladas, alta de 22% ante fevereiro, quando as vendas externas somaram 847 toneladas.
Aportes no campo
A agricultura empresarial e a familiar foram responsáveis por captar, entre julho de 2012 e fevereiro deste ano, R$ 83 bilhões em crédito rural. Esse montante representa 62% dos recursos cedidos pelo Mapa, que somam R$ 133 bilhões para a safra 2012/2013.
Cenibra tem resultado ruim
A Cenibra, produtora mineira de celulose de eucalipto, controlada pelo consórcio japonês Oji Paper, viu seu lucro líquido recuar 26% em 2012, fechando com R$ 145 milhões. A causa alegada para a queda foi o ajuste dos ativos biológicos da companhia. Em 2011, o valor desses ativos estava na casa dos R$ 325 milhões e, no ano passado, em R$ 318 milhões.
Comentário do mês
Elcio Bento, da consultoria Safras&Mercado
O mercado brasileiro de algodão se aproxima do final do ano comercial com preços 26,9% superiores aos praticados no mesmo período da temporada anterior. Essa valorização expressiva deve-se a fatores ligados ao abastecimento interno. Prova disso é que os preços internacionais, referenciados pelas cotações dos contratos negociados em Nova York (ICE Futures US), apresentam recuo de 7,3% quando comparados ao mesmo momento do ano passado. Essa retração se deu pelo nível dos estoques mundiais. A produção nacional, apesar dos problemas na safra 2011/2012, foi de 1,8 milhão de toneladas. Juntem a isso importações estimadas em dez mil toneladas e o suprimento brasileiro de algodão no ciclo será de 2,1 milhões de toneladas. O consumo pelas indústrias do País é projetado em 930 mil toneladas, ou 1,2 milhão de toneladas inferior à oferta doméstica. Sendo assim, para que o quadro de abastecimento doméstico mude, o setor produtivo teria que ser eficiente nas exportações.