Candidata do MDB à Presidência, a senadora Simone Tebet (MDB) afirmou que não está disputando a eleição “para passar a mão na cabeça de ninguém”, ao comentar uma pergunta feita a ela pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre corrupção durante o debate promovido pela Band.

“O Lula me perguntar sobre corrupção? Por favor, né? Não estou aqui para passar a mão em ninguém não”, disse Simone em ato de campanha em São José dos Campos (SP). O petista havia questionado a senadora sobre suspeita de corrupção do governo Bolsonaro na compra da vacina indiana Covaxin.

A candidata do MDB afirmou que Lula achou que ela fosse “amiguinha” dele. “Ele (Lula) veio e perguntou: ‘teve ou não teve corrupção (no governo Bolsonaro)?’ Ele podia ter ficado sem essa, né? Eu respondi que teve muita, mas que começou lá no governo dele com o mensalão e petrolão” afirmou a senadora, que ganhou visibilidade ao participar das sessões da CPI da Covid.

Simone ainda afirmou que Lula demorou em a se posicionar em relação aos ataques do presidente Jair Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães durante o debate. “Diante de um ex-presidente que, lamentavelmente, não teve a coragem de levantar a voz a favor nem da democracia e muito menos das mulheres brasileiras e um atual presidente que desrespeita a democracia, a imprensa e a mulher brasileira, tive que ter pelo menos uma voz feminina”, disse. “Estou muito tranquila de que exerci o meu papel de abrir uma ponte para as meninas que estão vindo aí tenham condição de exercer o seu papel em pé de igualdade com homens.”

Durante agenda em São José dos Campos, a senadora visitou o Parque Tecnológico, maior centro de inovação e empreendedorismo do Brasil. Tebet defendeu uma união modelo de parceria que envolva o público, o privado e a academia para produção de novas tecnologias no País. “Nós queremos aproveitar tudo que está pronto aqui (em SJC) e levar um parque desse para cada região do País, de acordo com o perfil socioeconômico da região.”

Em rápida conversa com jornalistas, Tebet defendeu a derrubada das medidas provisórias assinadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que permitem, na prática, reduzir verbas da área de ciência e tecnologia e da cultura para abrir espaço no orçamento para outras despesas, dentre elas as emendas parlamentares. A senadora ainda afirmou que, se eleita, “nenhum centavo” será tirado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Pela manhã, em agenda em Taubaté, a senadora destacou que as políticas de transferência de renda devem ser tratada como uma “política de Estado e não de governo”. “Não é a União que fica com esse cadastro (CadÚnico) para depois comprar consciências e dar para quem acha que vai votar. É devolver esse sistema para quem sabe fazer gestão, para quem sabe cuidar das pessoas, que são os municípios”, disse.

Durante a visita ao programa “Mesa de Taubaté”, programa criado durante a pandemia pra distribuição de alimentos, a candidata prometeu dar continuidade ao pagamento do Auxílio Brasil), no valor de R$ 600,00 caso eleita. Entretanto, mesmo com as políticas de auxílio, Tebet enfatizou que o grande objetivo da sua proposta social é a qualificação das pessoas.