01/09/2010 - 0:00
A seguradora alemã Allianz ficou mundialmente famosa ao ter seu nome retratado no moderno e imponente estádio “Allianz Arena”, palco da final da Copa do Mundo da Alemanha, realizada em 2002 e que consagrou o Brasil como pentacampeão. Oito anos depois do sucesso da estratégia de marketing, a empresa quer voltar a fazer bonito, mas dessa vez em outro tipo de grama: a canade- açúcar, cultura eleita pela seguradora para alavancar seus negócios no agronegócio brasileiro. A companhia já possui cerca de 12% do mercado de seguros voltados para a cana, com uma carteira de clientes de R$ 5 milhões. A ideia agora é ampliar essa participação, oferecendo ao mercado um novo modelo de seguro que protege não apenas as instalações físicas das usinas, mas também seu produto final, seja ele o açúcar, seja o etanol. “É um modelo que cobre danos que inviabilizem a entrega do produto. Por exemplo, se acontecer um incêndio no canavial durante a entressafra é um grande risco. Nesse caso, o produtor é indenizado e assim compra cana de vizinhos ao cobrir os prejuízos”, explica o superintendente de agronegócio da Allianz, Luiz Carlos Meleiro.
Em franca expansão no País, o seguro-rural atualmente responde por 5% do faturamento da empresa, que em 2009 fechou em R$ 2,25 bilhões. Mas a expectativa é de que o agronegócio avance nos próximos anos. “O setor está evoluindo e queremos crescer acima do mercado”, afirma. A ideia é fazer da cana o carro-chefe para avançar também em outros segmentos, como grãos, hoje o principal nicho agrícola atendido pela companhia. “Já oferecemos seguro-rural para floresta, CPR, pecuária, benfeitorias e equipamentos agrícolas. Além de eventos climáticos. Consolidando todos os ramos, nós estamos em terceiro lugar no mercado e estamos prontos para aproveitar a expansão do setor agrícola.”
De acordo com Meleiro, que também atua como diretor de agronegócio da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a criação do fundo de catástrofe deverá tornar esse mercado mais atraente. “É um mecanismo que oferece mais segurança e deve atrair as empresas”, completa.