A Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) reuniu cerca de 500 convidados, entre cria­do­res, personalidades e amantes da raça, para o 10º ABQM Awards e o 7º Hall da Fama. O tradicional evento da entidade, conhecido como o Oscar do quarto de milha, foi realizado na capital paulista no dia 18 de fevereiro e apre­sen­tou os melhores da raça, entre criadores, atle­tas e animais. Pela nona vez, o paulista Márcio Matheus Tolentino, 72 anos, do haras ST, de Bauru (SP), conquistou o prêmio nas categorias de melhor criador e melhor proprietário. Foi de seu haras que saíram também o melhor animal, a fêmea ST Taboquinha, e a melhor reprodutora, a égua ST Cajuína.

PEC da vaquejada

Depois de ser reconhecida por lei federal como patrimônio cultural imaterial, a vaquejada pode ganhar respaldo constitucional. No mês passado, o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que viabiliza a prática da modalidade como manifestação cultural e desportiva. A PEC estabelece que “não são cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais”. A proposta segue agora para a apreciação da Câmara.

Leilão histórico

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O tradicional leilão Mancha Crioula, realizado há 11 anos, bateu recorde de vendas na última edição, ocorrida no dia 16 de fevereiro no parque de exposições, em Esteio (RS). A receita chegou a R$ 1,14 milhão para 61 animais e 18 co­berturas de reprodutores da raça. O valor supera em 44% a fatura do ano passado. O destaque foi a venda da cota de 90% do garanhão Butiá Olodum, pelo valor de R$ 555 mil.

Regras internacionais

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A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos iniciou, no mês passado, os primeiros testes para a admissão de animais destinados à modalidade Freio de Ouro, que passa agora a contar com novas regras. A inspiração veio da organização de provas equestres internacionais, como os Jogos Olímpicos. A partir de agora, os animais devem passar por uma avaliação clínica prévia para detectar se não há lesões que possam se agravar durante uma prova.

Cânter

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A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) começa neste mês o programa de clonagem de animais. O plano da entidade foi possível com a autorização do Ministério da Agricultu­ra. Segundo o presidente da entidade, o criador Daniel Figueiredo Borja, isso pode significar um salto no plantel de animais melhores geneticamente.

Essa era uma reivindicação antiga?
Sim. Há oito anos nós requisitávamos essa autorização do ministério, uma vez que isso já é uma tecnologia permitida e praticada na criação de bovinos.

Que benefícios isso traz para a raça?
Ainda não temos a certeza dos benefícios. O que queremos é poder provar essa tecnologia para o mangalarga marchador. Por enquanto, o plano é replicar animais de excelência.

Qual a meta de animais para este ano?
As conversas com os associados mostraram que há a possibilidade de cerca de 30 animais replicados.

Que valor poderia chegar um clone da raça?
Cópias de animais avaliados em R$ 1 milhão, por exemplo, poderão ser vendidos por R$ 300 mil, ou mais. Vai significar, antes de tudo, mais negócios para a raça.