Brasília, 18/09 – A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) alertou, em nota, que o vazio sanitário da soja, período de pelo menos 90 dias, deve ser respeitado pelos produtores do Estado, mesmo com a extensão do calendário de plantio da oleaginosa na safra 2023/24. A manifestação ocorre após o Ministério da Agricultura ter ajustado as datas de semeadura da soja 2023/24 no Paraná, conforme portaria publicada na sexta-feira (15). “A Ocepar adverte, porém, que é importante que todos os sojicultores respeitem o vazio sanitário, período em que o solo deve ficar sem plantação para que não haja contaminação por ferrugem asiática, doença que atinge as lavouras de soja e pode levar a prejuízos na produção”, disse a organização, em nota.

Pela alteração, o calendário de plantio na próxima safra no Estado ficou dividido em três regiões e passou de 100 para 120 dias. O centro-sul do Estado poderá cultivar a oleaginosa de 20 de setembro de 2023 a 18 de janeiro de 2024. Nas regiões norte, noroeste e oeste, o plantio é permitido de 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023. No sudoeste, a semeadura deve ocorrer de 17 de setembro de 2023 a 15 de janeiro de 2023.

A extensão do calendário de soja no Estado, inicialmente previsto de 11 de setembro a 19 de dezembro de 2023, foi demandada ao governo pela Ocepar, juntamente com Federação da Agricultura do Paraná (Faep), da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e Secretaria Estadual da Agricultura e Agência de Defesa Agropecuário do Paraná. Segundo o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, a mudança atende à necessidade do Estado. As entidades argumentaram que o Paraná tem características diferentes em cada região e, portanto, deveria ter indicação de períodos diferentes para a semeadura.