25/05/2022 - 17:02
O desafio de fotografar cavalos soltos na natureza exige paciência, persistência e experiência. “Originalmente eles são presas, não predadores, por isso estão sempre se defendendo”, disse o fotógrafo paulistano especializado em equinos, Raphael Macek. Até agora com mais registros de árabes em seu portólio (como a grande parte das fotos que ilustram essa matéria), ele comemora a nova missão de sua carreira: registrar mustangs selvagens em cinco cidades dos Estados Unidos durante três meses.
O projeto, que começou em abril, é chamado de Wild Horse Tour. Vai gerar livro, série única de fotos e documentário e é estimado em US$ 2 milhões. O grande objetivo é chamar a atenção para a preservação da raça, tanto que parte dos lucros com esse trabalho será repassada às entidades que a protegem.
A etapa nos Estados Unidos pode ser apenas o começo. “A parte dos mustangs é um primeiro braço do projeto, pois a ideia é que vire algo maior, com cavalos selvagens de outros países, como China, Mongólia, alguns do continente africano e até Brasil”, disse.
A aproximação com os equinos vem desde a infância, na fazenda da família em Bauru, interior de São Paulo. “Com 2 anos eu já andava em meio aos animais. É uma relação de confiança”, disse. Essa convivência o ajudou a compreender como poucos a relação homem e cavalo. “É uma movimentação única, cada um é uma força e os dois juntos viram uma terceira.”
O olhar sensível, criterioso e exigente, aprimorado pelos anos de estudos, levou Macek a se tornar um fotógrafo também de celebridades: já atendeu a rainha Elizabeth II, o sheik Ammar bin Humaid Al Nuaimi, Bill Gates e Steve Jobs. Mas seu trabalho ganhou destaque mesmo no mundo árabe, tanto que já chegou a ser consultado para registrar até corridas de camelos.